Com atraso de 2 meses, Fiocruz chega a 100 milhões de doses entregues
Meta inicial era que 100 milhões de doses fossem entregues até julho


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ultrapassou, nesta sexta-feira (24), a entrega de 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra Covid-19 ao Ministério da Saúde.
A meta da fundação é que o total de doses tivessem sido entregues em julho. O plano inicial era entregar 100,4 milhões entre janeiro e julho e 110 milhões entre agosto e dezembro.
A crise dos insumos, no entanto, impactou o ritmo de produção da fábrica de BioManguinhos –que vem caindo mês a mês– e consequentemente as entregas de vacina.
A Fiocruz diz que foi prejudicada pela falta de ingredientes necessários para produzir a vacina. As remessas também vieram com menos constância do que eles esperavam.
Em nota, a Fiocruz comemorou o marco, dizendo que “a Fundação alcança aproximadamente 101 milhões de vacinas disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) em apenas oito meses, sendo um marco na atuação da instituição no combate à pandemia”.
A entrega desta sexta-feira foi de 2 milhões de doses, somando 4,5 milhões na semana. Dificilmente a meta de 15 milhões de doses entregues prometida para setembro será alcançada.
Na prática, o plano era entregar 210 milhões de doses da vacina neste ano, o que os números indicam que não irá acontecer.
Pra romper duas semanas de interrupção de entregas, a Fiocruz passou a enviar as doses ao Ministério da Saúde ao longo da semana e não apenas às sextas-feiras.
Com menos de 10 milhões de doses entregues até agora no mês, a Fundação depende das entregas da semana que vem para reverter a queda na produtividade. No mês de agosto, foram entregues apenas 11,4 milhões de doses.
Ao lado da fórmula do Instituto Butantan, que fábrica e distribui a Coronavac, a fórmula escolhida pela Fiocruz, da AstraZeneca, foi um das primeiras aprovadas pelo Ministério da Saúde e incorporada ao Programa Nacional de Imunizações.