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    Com alta de mortes maternas por Covid, Rio inicia vacinação de lactantes

    No Brasil, taxa de mortalidade entre grávidas e puérperas é 3 vezes maior que a taxa de mortalidade da Covid-19

    Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro

    Devido ao aumento do número de casos e mortes por Covid-19 entre grávidas e puérperas na capital fluminense, o Comitê Científico da Prefeitura para enfrentamento da pandemia recomendou mudança no calendário municipal. A partir desta segunda-feira (28), as lactantes que tenham a indicação do profissional de saúde começarão a ser vacinadas contra a doença.  

    A decisão da Prefeitura do Rio se baseou em critérios técnico-científicos, já adotados em outros países, como Estados Unidos, Reino Unido e Israel. Desde a semana passada, grávidas e puérperas, com ou sem comorbidades, já estão sendo vacinadas com doses da CoronaVac ou da Pfizer. O grupo pode procurar os postos em qualquer dia da semana.   

    O Brasil é o país com maior número de mortes maternas provocadas pela Covid-19, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz. A taxa de mortalidade entre grávidas e puérperas é de 7,2%, quase três vezes maior do que a atual taxa de mortalidade por Covid-19 na população em geral, 2,8%. Até meados de junho de 2021, o número de mortes desse público foi de 1156, o dobro do registrado em 2020.    

    No município do Rio de Janeiro, o número de mortes entre grávidas e puérperas, com ou sem comorbidades, também disparou e já ultrapassa todo o ano de 2020. Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a pedido da CNN, apontam que 38 grávidas ou puérperas morreram de Covid-19 no ano passado. Já nos primeiros seis meses de 2021, foram registradas 39 mortes.   

    O infectologista Alberto Chebabo, membro do Comitê Científico da Prefeitura do Rio. explica que a proteção se inicia em três a quatro semanas após a primeira dose. Por isso, o impacto da vacinação nesse grupo só será percebido daqui a um ou dois meses.  

    A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) faz um alerta para que as lactantes não interrompam o aleitamento materno, após a vacinação.  

    A Prefeitura anunciou também a prorrogação do período de vacinação contra a gripe até o dia 30 de julho. O público-alvo que ainda não recebeu o imunizante pode comparecer às unidades de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A Secretaria Municipal de Saúde alerta que quem tomou a vacina contra a Covid-19 deve esperar pelo menos 14 dias para se imunizar contra a gripe, e vice-versa. 

    Os grupos prioritários para a vacina da gripe são idosos (a partir de 60 anos); crianças de seis meses a cinco anos; gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); indígenas e quilombolas; pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente; trabalhadores da saúde e da educação; caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo e de longo percurso; portuários; população carcerária, adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional; forças de segurança e salvamento; e forças armadas.