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    Cofen pede que preparação da vacina seja feita na presença do paciente

    Conselho de Enfermagem orientou que pacientes têm direito à pedir os dados de quem está fazendo a administração das doses

    Produzido por Layane Serrano, da CNN São Paulo

     

    Em entrevista à CNN neste sábado (20), a coordenadora da Câmara Técnica de Atenção à Saúde do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Viviane Camargo, disse que, em virtude dos casos de falsa aplicação das vacinas, o conselho determinou que a aspiração do imunobiológico para dentro das seringas deverá ser acompanhada de perto pelos pacientes ou seus acompanhantes.

    “Não era um hábito nosso porque, até pela quantidade de pessoas que precisam ser vacinadas, a gente já deixava preparado o imunizante dentro da seringa. Isso é possível de ser feito. A gente deixava preparada dez doses, todas aspiradas dentro das seringas. Com este momento que a gente está vivenciando, a gente tem pedido que este procedimento de aspiração do imunizante seja feito na presença do paciente, do idoso ou do familiar, para que não haja nenhuma dúvida em relação ao que está acontecendo ali”, afirma.

     

    Viviane explica que o conselho tem orientado que as pessoas acompanharem todo o processo, desde a aspiração do frasco de imunizante, depois o líquido dentro das seringas, até o procedimento final, quando as seringas devem estar vazias e a pessoa, de fato, receberam a dose da vacina.

    Além disso, filmar ou registrar a vacinação é permitido, mas para registrar o rosto do profissional, por exemplo, é preciso de autorização.

    “Ele [paciente] tem direito de ter os dados da pessoa que está administrando esse imunizante e de filmar ou registrar este procedimento. Se o profissional permitir, ele pode filmar, inclusive, o profissional”, explica.

    Em casos de suspeita de que a administração não tenha ocorrido de forma correta, existem órgãos responsáveis que estão recebendo as denúncias e fazendo a investigação dos casos.

    “Caso ele [paciente] identifique que qualquer problema pode ter acontecido durante esse procedimento, deve denunciar isso aos conselhos regionais de enfermagem, também pode denunciar ao conselho federal de enfermagem e, também, ao Ministério Público”.

    Depois de apurado, se ficar comprovado que o profissional de enfermagem agiu de má fé, ele poderá sofrer graves punições. “A gente vai chegar a um resultado que pode levar, inclusive, à cassação do direito de exercer a profissão, caso seja identificado que isso, por exemplo, aconteceu de forma intencional”.

    “A gente tem orientado os profissionais a ter uma maior atenção neste procedimento, considerando que pode ter ocorrido alguma coisa não intencional, que é o que a gente espera de fato”, complementa.

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    Foto: Reprodução

     

     

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