CNN Sinais Vitais mostra os caminhos para o tratamento da dor crônica
Programa apresentado pelo Dr. Roberto Kalil vai ao ar neste sábado (10), às 19h15
A dor crônica atinge cerca de 30% da população brasileira. São dores de cabeça, na coluna, ou dores no corpo todo, como a fibromialgia, por exemplo.
A dor é considerada crônica quando vira uma dor persistente por mais de 3 meses e que não melhora com o uso de medicamentos ou terapias tradicionais.
Há dois tipos de dores mais comuns: a dor nociceptiva é resultado de lesão do tecido (tecidos, ossos, músculos, ligamento), e a neuropática, que é a dor causada por irritação do nervo (é uma dor que é sequela de outro problema, como o câncer, por exemplo). Neste episódio, falaremos também da fibromialgia, uma dor muscular generalizada.
Dr. Roberto Kalil entrevista o médico Manoel Jacobsen Teixeira, diretor do Centro de Dor do Hospital das Clínicas e professor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP.
“Hoje, nós temos vários problemas relacionados a dor crônica e um deles é o sedentarismo. Cada vez mais, nós temos elevadores, sistemas de controle remoto, e com isso usamos cada vez menos os músculos”, afirmou o diretor.
A equipe do “CNN Sinais Vitais” entrou com o Dr. Jabocben no centro cirúrgico para acompanhá-lo em um procedimento para diminuir a dor de uma paciente com neuralgia do trigêmeo.
Essa doença é uma condição de dor crônica que afeta o nervo trigêmeo (quinto craniano) e que segundo os médicos, é a pior dor que um ser humano pode sentir.
Das três queixas mais recorrentes que levam um paciente ao médico, a dor crônica ocupa duas posições. O resfriado é a principal queixa, seguida de cefaleia (dor na cabeça) e lombalgia (dor nas costas).
“A lombalgia é uma dor que todo mundo vai ter um episódio pelo menos uma vez na vida. Além disso, a lombalgia é a principal causa de incapacidade no Brasil”, disse Ricardo Kobayashi, ortopedista do Centro de Dor do Hospital das Clínicas e Diretor da Sociedade Médica de Tratamento por Ondas de Choque.
Os médicos alertam que o sedentarismo e a pandemia fizeram com que a dor crônica aumentasse no Brasil. Além disso, o mau uso do colchão e do travesseiro também são fatores que contribuem para as dores.
A dor crônica é tratada de forma multidisciplinar. São reumatologistas, ortopedistas, neurologistas, neurocirurgiões, fisioterapeutas, além de psicólogos e psiquiatras. Cerca de 30% dos pacientes com fibromialgia, por exemplo, têm depressão.
“A fibromialgia é um problema por si só. Mas o paciente ganha um pacote de sofrimento como fadiga, alteração do sono e a depressão. Essa doença deixa a pessoa psicologicamente abatida, emocionalmente arrasada”, conta Dr. Renério Fráguas Júnior, psiquiatra e professor associado do Departamento e Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP.
A equipe do CNN Sinais Vitais acompanhou também a rotina de duas pessoas que sofrem com dor crônica, mas que tentam encontrar alívio junto com médicos e outros profissionais da saúde.
O CNN Sinais Vitais, com Dr. Roberto Kalil, vai ao ar no sábado (10), às 19h15, na CNN Brasil.