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    CNN Sinais Vitais

    CNN Sinais Vitais mostra a importância da agilidade no atendimento a vítimas de trauma

    Os traumas mais comuns são aqueles que envolvem acidentes de trânsito, em especial com motociclistas

    Lucas RochaCarolina Marcelinoda CNN , São Paulo

    O atendimento de pessoas vítimas de trauma é uma das áreas da medicina que exige mais agilidade e atenção por parte de uma equipe multiprofissional. O CNN Sinais Vitais desta semana apresenta o dia a dia dos profissionais que lutam contra o relógio para atender pacientes que sofreram algum tipo de acidente.

    Serviços de emergência são cenários comuns do universo das séries de TV, como Plantão Médico (ER), Grey’s Anatomy e Chicago Med. Para mostrar um pouco do que acontece na vida real, a equipe da CNN acompanhou a rotina de mais de 12 horas de plantão do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), referência neste tipo de atendimento.

    O CNN Sinais Vitais, apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil, vai ao ar na quarta-feira (25), às 22h30, logo após o Jornal da CNN, na faixa nobre da CNN Brasil.

    Os traumas mais comuns são aqueles que envolvem acidentes de trânsito, em especial com os motociclistas, segundo o ortopedista e diretor da Faculdade de Medicina da USP, Tarcísio Barros (veja entrevista no vídeo acima). “São acidentes de alta energia, porque têm impactos grandes que geram lesões complexas”, afirmou.

    Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), houve um aumento na pandemia do número de motoboys envolvidos em acidentes devido ao crescimento das entregas, sobretudo na capital paulista. Os dados mostram que, em 2020, ocorreram 809 mortes de trânsito, sendo 43% delas de motociclistas.

    Para tentar amenizar os traumas causados pelo trânsito, o SAMU, em parceria com o IFood, ofereceu um treinamento para motoboys de cidades brasileiras sobre primeiros socorros. Chamado de “Anjos de Capacete”, o curso tem como objetivo ensinar noções básicas de atendimento para ajudar as vítimas de acidentes de trânsito.

    O trabalho de uma equipe multidisciplinar

    O Hospital das Clínicas, em São Paulo, possui um plano de desastres que consiste em organizar de forma rápida o atendimento à população. O programa traz uma entrevista com o médico Edivaldo Massazo Utiyama, professor titular de Cirurgia Geral e Trauma da USP. “Esse pronto socorro é uma unidade referenciada, porque para essas pessoas tempo é vida. Quanto mais tempo nós demoramos para atender os doentes, aumentam as chances de morrer. Por isso, temos que ser muito ágeis”, explica.

    Segundo Utiyama, os pacientes são recebidos por ambulâncias e até mesmo por helicópteros, que podem agilizar o resgate. “Temos um plantão controlador que é notificado, e assim que recebemos o aviso que o doente virá para o hospital. A equipe se prepara e deixa todas as funções definidas: quem vai cuidar da cabeça; quem vai cuidar da respiração; quem vai avaliar a condição do doente; quem vai pedir os exames. É uma equipe multidisciplinar”, destaca.

    O plano de desastres foi colocado em prática pela primeira vez no incêndio que atingiu o Memorial da América Latina, em São Paulo, em 2013. Na época, 27 bombeiros foram atendidos com intoxicação por fumaça. As chamas consumiram o auditório Simón Bolívar.

    Rapidez no atendimento

    A equipe do CNN Sinais Vitais também acompanhou o trabalho dos médicos do Águia da Polícia Militar de São Paulo e da unidade do Corpo de Bombeiros da Casa Verde, na Zona Norte da capital. De acordo com a capitão Fabiana, chefe da Divisão de Medicina de Aviação da PM/SP, existem critérios adotados no atendimento. Dentro de São Paulo, por exemplo, o helicóptero consegue chegar em até 11 minutos.

    O programa mostra também que não são só os acidentes de trânsito que causam grandes traumas. No episódio, o jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva conta que ficou tetraplégico depois de mergulhar em um rio. “Eu fiquei paralisado e percebi que não conseguia me mexer. Comecei a flutuar de barriga para baixo, e me levaram para um pronto-socorro, onde fiquei na UTI entre a vida e a morte”, conta Marcelo.

    O jornalista conta do período de adaptação, da militância pela causa do deficiente e deixa uma mensagem positiva para as vítimas do trauma: “Tem jeito de trabalhar, tem jeito de viver, tem jeito de amar. Não pode se acomodar, não pode se fazer de vítima”.

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