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    CNN Sinais Vitais

    CNN Sinais Vitais aborda papel da medicina de família e do cuidado integral

    De acordo com o Ministério da Saúde, 85% das queixas dos pacientes podem ser resolvidas por um médico de família; entenda a especialidade

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

    Os médicos e médicas de família, são profissionais essenciais para os serviços de atenção primária à saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, 85% das queixas dos pacientes podem ser resolvidas por um médico de família – os demais são encaminhados para outras especialidades.

    Médicos de família e clínicos-gerais contam com funções diferentes, embora complementares. Enquanto o clínico trata especificamente da doença, o médico de família foca na pessoa, acompanhando o paciente durante todas as fases da vida.

    Além dos sintomas, o estilo de vida, os hábitos, as emoções, as condições de trabalho e a moradia são levados em conta para que o médico de família aponte um diagnóstico. O atendimento continuado por esses profissionais, que priorizam o cuidado de forma integral, é tema do CNN Sinais Vitais desta semana.

    A reprise do programa apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil vai ao ar neste sábado (13), às 19h15. Participam do episódio o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto e a médica de família Rafaela Pacheco.

    Dos cenários do agreste pernambucano à segunda maior favela de São Paulo, o programa percorre os caminhos da Medicina de Família e Comunidade, um dos pilares mais importantes da atenção primária à saúde.

    O programa percorre as ruas de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, ao lado da equipe de saúde que faz o atendimento na comunidade. O episódio conta sobre o trabalho de profissionais que saem todos os dias de consultórios e postos médicos para mergulhar na realidade dos pacientes.

    “É uma especialidade brilhante. O trabalho deles salva vidas e melhora a qualidade de vida das pessoas. Esse sistema deveria ser expandido cada vez mais, para todas as comunidades do país”, destaca Kalil.

    Papel do agente comunitário de saúde

    Os agentes, fundamentais na estratégia de saúde da família, são responsáveis por visitar regularmente as casas dos pacientes. Além deles e dos médicos, em geral, as equipes contam com enfermeiros, técnicos de enfermagem, residentes e dentistas.

    “O agente comunitário de saúde é uma invenção brasileira e deve necessariamente morar onde ele vai trabalhar, para que ele tenha a confiança das famílias e seja recebido por elas em suas respectivas casas”, afirmou o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

    Segundo o sanitarista, a atenção primária no Brasil conta com grande eficiência e impacta positivamente na redução no número de mortes no país, especialmente entre os grupos de pessoas com menor renda.

    “Estimamos que 80% das demandas individuais de saúde são resolvidas na atenção primária à saúde. Com isso, conseguimos dar folga para o resto do sistema atender o que é mais importante e mais complexo, que precisa de especialidade”, afirma Gonzalo.

    CNN Sinais Vitais apresenta cotidiano de médicos de família / Reprodução/CNN

    Pessoas que buscam fazer a diferença

    A equipe da CNN também viajou para Pernambuco, na região Nordeste, para contar a história de um jovem, filho de pais agricultores, que está prestes a se tornar médico. A paixão de Jeferson Cesar, de 25 anos, pela área da saúde começou quando ele era agente comunitário em um pequeno vilarejo no agreste pernambucano.

    Do Morro da Conceição, no Recife, a equipe mostra o ritmo acelerado de uma médica apaixonada pelo SUS e pela vida de pessoas. Rafaela Pacheco está entre os mais de 7 mil médicos de família do Brasil, especialidade que cresceu 30% nos últimos dois anos.

    “Trabalhar o cuidado centrado na pessoa é diferente de trabalhar um cuidado centrado na doença. Porque uma pessoa é muito mais do que a doença que ela apresenta. Ela tem as suas questões, a sua forma de se alimentar, de passar ou não fome, de como lida com suas emoções e sua espiritualidade. A gente faz a medicina centrada na pessoa”, explica Rafaela.