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    CNN Sinais Vitais aborda os riscos do câncer de intestino

    Câncer colorretal ou de intestino atinge cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

    O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para o triênio de 2023 a 2025, mais de 45 mil casos de câncer de intestino por ano. De acordo com o Inca, são esperados cerca de 20 novos casos a cada 100 mil homens e de 21 a cada 100 mil mulheres.

    Nesta semana, o CNN Sinais Vitais alerta sobre os riscos do câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal. A reprise do programa apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil vai ao ar neste sábado (29), às 19h15.

    Segundo o médico Raul Cutait, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, o câncer colorretal é o segundo que mais acomete mulheres no Brasil, depois do câncer de mama. Além disso, também é o segundo mais frequente em homens, após o câncer de próstata. (veja entrevista no vídeo acima).

    Cutait alerta para o aumento de casos nos últimos anos no Brasil e no mundo e diz que o problema tem relação com a alimentação. Segundo os especialistas, uma alimentação pobre em legumes e verduras e rica em carne vermelha e bebida alcoólica pode desencadear este tipo de câncer.

    Há também pacientes que têm a Síndrome de Lynch, decorrente de uma alteração genética que aumenta o risco de desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.

    O programa conta com uma entrevista com a médica Angelita Habr-Gama, coloproctologista e cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo. A especialista criou o protocolo “Watch & Wait”, que significa “observar e esperar”, usado para tumores que podem desaparecer (clínica e radiologicamente) com tratamento e sem necessidade de cirurgia.

    “Hoje em dia, com novas drogas de quimioterapia e com radioterapia muito mais desenvolvidas, podemos chegar até 60% de doentes que evitam uma cirurgia. E evitar uma cirurgia de colostomia é uma glória”, diz Angelita. Segundo a médica, que é referência na área, os casos de câncer de intestino têm bom prognóstico quando diagnosticados precocemente.

    A equipe da CNN acompanhou cirurgias de câncer colorretal no Hospital Sírio-Libanês com o médico Raul Cutait, e no Hospital A.C. Camargo com o médico Samuel Aguiar. O episódio mostra ainda, como ocorre o procedimento de laparoscopia com a ajuda de robôs ultramodernos.

    Fatores genéticos

    A geneticista e doutora em oncologia, Maria Isabel Achatz, explica os casos genéticos de câncer e como funcionam os exames disponíveis para detectar a doença.

    “Hoje nós sabemos que 10% de todos os casos de câncer colorretal podem ser hereditários. O grande avanço é fazer um exame adicional chamado imuno-histoquímica, que encontra um indício da hereditariedade”.

    De acordo com a especialista, mapear os familiares é uma estratégia importante de rastreio. “O que se sabe hoje é que nas famílias onde a hereditariedade é encontrada, a redução da mortalidade é efetiva”, conclui.

    Prevenção

    O desenvolvimento do câncer de intestino tem forte impacto da alimentação. Dietas pobres em fibras e o excesso no consumo de alimentos ultraprocessados contribuem para o surgimento da doença.

    Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável.

    Os sinais e sintomas mais comuns são: presença de sangue nas fezes; dor e cólica abdominal frequente com mais de 30 dias de duração; alteração no ritmo intestinal de início recente – quando um indivíduo que tinha o funcionamento intestinal normal passa a ter diarreia ou constipação -; emagrecimento rápido e não intencional; anemia, cansaço e fraqueza.

    As principais orientações para prevenir o câncer colorretal incluem mudanças no estilo de vida.

    É recomendada prática regular de atividade física, sendo que a orientação para adultos e idosos de realizar pelo menos 150 minutos de exercícios na semana, preferencialmente distribuídos em diferentes dias e momentos, podendo envolver atividades aeróbicas (caminhada, corrida, natação, ciclismo etc.), de fortalecimento de músculos e ossos e de alongamentos.

    Manter o peso adequado, fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, reduzir a quantidade de óleos, gorduras, sal e açúcar e limitar o consumo de alimentos processados também contribuem para evitar o desenvolvimento da doença.