
CNN Sinais Vitais aborda as características e as doenças que afetam a tireoide
Especialistas explicam as principais características das doenças endócrinas e o aumento no diagnóstico de nódulos da tireoide no programa que vai ao ar no dia 10 de novembro
A tireoide é uma glândula responsável pela produção de hormônios que atuam em todo o organismo humano. O funcionamento inadequado pode levar à liberação de hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
Nesta semana, o CNN Sinais Vitais aborda as diversas dúvidas e curiosidades sobre a glândula que é uma das mais importantes do corpo. Especialistas em tireoide explicam o crescimento da incidência de casos de câncer na glândula, apresentam as principais características das doenças endócrinas e o aumento no diagnóstico de nódulos da tireoide.
O programa, apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil, vai ao ar nesta quarta-feira (10), às 22h30, logo após o Jornal da CNN, na faixa nobre da CNN Brasil.
A tireoide é uma glândula localizada na parte baixa do pescoço, com o formato semelhante a uma borboleta, e que produz os hormônios tireoidianos, essenciais para o funcionamento de vários órgãos e o equilíbrio do organismo.
“Nós funcionamos melhor com a quantidade certa do hormônio tireoidiano produzido. Então, a beleza da tireoide e que ela é um órgão essencial, mas não é um órgão vital. Ela pode ser removida até completamente. Podemos substituí-la pela medicação, que é o hormônio tireoidiano comercializado, exatamente igual o hormônio que a tireoide estaria produzindo”, explica Luiz Paulo Kowalski (veja entrevista no vídeo acima), professor de cirurgia de cabeça e pescoço da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Diagnóstico do câncer de tireoide
O cardiologista Roberto Kalil destaca a importância do diagnóstico precoce e ressalta que o pedido de ultrassom de tireoide nas avaliações clínicas aumenta a descoberta desse tipo de nódulo.
Em entrevista, a primeira mulher presidente da Federação Mundial de Ultrassonografia, Cristina Chammas, explica quais situações requerem o ultrassom de tireoide.
“Se você pegar a população acima de 40 anos, cerca de metade vai apresentar nódulo da tireoide. Dentro dessa gama de nódulos, cabe ao ultrassonografista triar muito bem aqueles de risco aumentado ou os de baixo risco, o que é a minoria dos casos”, destaca Cristina.
A professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Caminas (Unicamp), Laura Ward, explica que para alguns casos de câncer de tireoide existem protocolos de vigilância ativa, o que significa observar o paciente que apresenta um tumor pequeno, com características específicas, e que não oferece risco elevado.
“Não significa mandar o paciente para casa com o tumor dele e dizer passe bem. Significa observar atentamente esses indivíduos para ver se eles estão entre aqueles 3% de casos, que, eventualmente, evoluem para um câncer mais grave”, ressalta a endocrinologista.
Avanço no tratamento
Até pouco tempo, a retirada completa da glândula, procedimento chamado de tireoidectomia total, era o único tratamento recomendável para tratar câncer de tireoide. Com o avanço nas pesquisas na área, surgiram novos métodos cirúrgicos e menos invasivos.
A cirurgia parcial e até mesmo a ablação por radiofrequência, que é um processo minimamente invasivo, já são utilizados para tratar determinados tipos de câncer.