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    Cinco sinais que indicam problemas na tireoide

    Neste 25 de maio, o Dia Internacional da Tireoide chama atenção para diagnóstico de alterações na glândula produtora de hormônios

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Os hormônios produzidos pela tireoide são responsáveis pelo funcionamento do coração, cérebro, fígado e rins e interferem no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.

    Alterações no ritmo de funcionamento da glândula podem levar a condições como o hipertireoidismo, associado ao trabalho exagerado da tireoide, e hipotireoidismo, que consiste na funcionalidade mais lenta da glândula.

    Nesta quarta-feira (25), o Dia Internacional da Tireoide promove a conscientização sobre a importância da detecção precoce e tratamento das doenças que afetam a glândula.

    “A tireoide é importante por diversas funções vitais do nosso organismo e, por isso, deve-se fazer o check-up anualmente quando são realizados exames clínicos e de sangue, eventualmente também sendo incluídas dosagens dos hormônios TSH e T4 livre. O médico avaliará se há indicação para ultrassonografia, exame esse que pode detectar nódulos”, afirma a endocrinologista Lorena Lima Amato, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

    A principais doenças na tiroide são o hipertireoidismo e o hipotireoidismo (veja os principais sinais na galeria).

    “As causas são várias e podem ser virais, autoimunes ou por medicamentos que afetam essa produção hormonal, além de doenças congênitas. Os nódulos, que podem ser benignos ou malignos, são o segundo grupo de doenças que afetam a tireoide”, explica a endocrinologista Claudia Cozer, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.

    O hipertireoidismo é a condição que ocorre quando a glândula produz muito hormônio. Os sintomas incluem irritabilidade, nervosismo, fraqueza muscular, perda de peso sem causa aparente, distúrbios do sono, problemas de visão e irritação nos olhos.

    “A tireoide é nosso ‘gerador’, então quando temos uma alteração hormonal de hipotireoidismo, temos sinais de cansaço, desânimo, queda de cabelo, unha fraca, o intestino fica mais ressecado, sentimos mais sono e dificuldade para levantar de manhã. A condição diminui o metabolismo, ganhamos peso e retemos mais líquido, o funcionamento intestinal fica mais lento e o fluxo menstrual às vezes fica mais ralo”, afirma Claudia.

    Por outro lado, nos casos de hipotireoidismo, ocorre o inverso: a tireoide não produz hormônio suficiente, podendo levar a quadros de fadiga, depressão, perda de memória, irregularidades menstruais e ganho de peso.

    “Como alguns sinais e sintomas são inespecíficos, é importante procurar um médico para fazer uma dosagem laboratorial simples de hormônio da tireoide, que não tem um custo alto e é fácil de ser realizada”, diz a médica.

    Sinais que indicam problemas na tireoide

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    Prevenção e riscos de complicações

    Disfunções na tireoide podem acontecer com pessoas de qualquer idade. O diagnóstico precoce contribui para reduzir os riscos de complicações.

    “As doenças são graves quando fogem ao controle de tratamento e atingem graus extremos. O hipertireoidismo pode dar arritmia cardíaca e crises de ansiedade que podem ser confundidas com quadros psiquiátricos. O hipotireoidismo pode dar queda da frequência cardíaca e diminuição de rendimento, mas é muito difícil alguém morrer disso hoje porque normalmente busca-se ajuda e acaba fazendo o diagnóstico precocemente”, diz Cláudia.

    De acordo com os especialistas, diferentemente de grande parte das doenças, os distúrbios da tireoide não podem ser prevenidos com a adoção de hábitos de vida saudáveis.

    “A maioria das doenças da tireoide não é prevenível por que elas têm caráter genético. São mais comuns em mulheres, em famílias e não tem idade definida. Há uma certa frequência mais constante em mulheres depois dos 60 anos de idade, mas não há como prevenir”, diz o endocrinologista Nelson Vinicius Gonfinetti, do Instituto Castro.

    “Infelizmente, não há conduta, como alimentação, remédio ou atividade física, que previna doenças da tireoide. Agora, o equilíbrio é muito importante, como não viver sob alto estresse ou ter cuidado com as medicações que toma para não afetar o funcionamento da tireoide”, completa Cláudia.

    Tratamento

    O tratamento do hipotireoidismo é realizado com uma medicação que contém o hormônio da tireoide, na forma de comprimido. A dosagem deve ser prescrita pelo médico endocrinologista, de acordo com o quadro clínico do paciente.

    No caso do hipertireoidismo, o tratamento depende da avaliação das causas da doença em cada paciente. As terapias incluem medicamentos que diminuem a quantidade de hormônio produzido pela glândula, remoção cirúrgica da tireoide e beta bloqueadores que controlam sintomas graves. O acompanhamento deve ser feito pelo endocrinologista a partir da dosagem hormonal verificada periodicamente.

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