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    Cigarros eletrônicos não combatem vício e podem causar inflamação pulmonar

    No quadro Correspondente Médica, Stephanie Rizk fala sobre o problema do cantor sertanejo Zé Neto no pulmão, que pode estar relacionado ao uso do aparelho

    Fernanda Pinottida CNN

    Em São Paulo

    Na edição desta quarta-feira (22) do quadro Correspondente Médica, do Novo Dia, a cardiologista Stephanie Rizk explicou os malefícios do cigarro eletrônico e afirmou que ele não deve ser considerado uma alternativa ao cigarro comum.

    De acordo com a assessoria de imprensa do cantor Zé Neto, dupla sertaneja de Cristiano, ele desenvolveu um problema chamado “foco de vidro no pulmão” e apresenta falta de ar ao cantar. Esses sintomas podem estar relacionados a resquícios da Covid-19 e ao uso prolongado de cigarro eletrônico.

    “O ‘foco de vidro no pulmão’ é quando uma parte dos alvéolos que deveria estar preenchida por ar está preenchida com alguma outra substância inflamatória”, explica a doutora. Esse quadro pode ser causado por infecções virais como a Covid-19, fibrose, fungos, e inclusive por inflamação provocada pelo uso de cigarro eletrônico.

    “Há uma falsa impressão de que o cigarro eletrônico não faz mal, mas a maioria contém nicotina, que é altamente viciante.” A médica diz que, apesar de ter menos substâncias tóxicas que o cigarro comum, ele não é totalmente isento desses compostos.

    “É importante lembrar que descobrimos os malefícios do cigarro normal de 20 a 30 anos depois de sua existência, os cigarros eletrônicos são muito recentes e já temos descrição de problemas pulmonares”, ela completa.

    O principal causador desses problemas é o vapor, que por ser muito quente e chegar ao pulmão misturado a algum tipo de óleo usado no aparelho, pode causar lesões e inflamações pulmonares.

    A doutora ainda pontua que, mesmo que alguns fumantes usem o cigarro eletrônico como alternativa ao tradicional, esse tipo de cigarro não combate o vício em tabaco e também contém nicotina. “Por ser considerado mais aceitável, muitas vezes até faz a pessoa fumar com mais frequência.”

    Além disso, Rizk lembra que a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ou seja, o comércio desses produtos não possui fiscalização.