Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Cigarro eletrônico pode aumentar em até 7 vezes as chances de contrair Covid-19

    Médicos responsáveis pelo estudo utilizaram amostras de 4.351 adolescentes e jovens adultos americanos com idades entre 13 e 24 anos

    Leonardo Lopes* , Da CNN, em Brasília

    Um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, publicado nesta semana mostrou que usuários de cigarros comuns e eletrônicos estão mais propensos a serem diagnosticados com a Covid-19.

    Publicado no Journal of Adolescent Health, o trabalho mostra que usuários de cigarros eletrônicos têm até cinco vezes mais chances de contraírem o novo coronavírus se comparados a não fumantes. As chances podem ser até sete vezes maiores se o uso for combinado com cigarros comuns.

    “Mesmo que jovens tenham menos chances de terem Covid-19 se comparados a adultos mais velhos, dada a proporção de jovens que utilizam cigarros eletrônicos e comuns, o uso se demonstra um importante fator de risco para a doença”, afirma o estudo. 

    Leia e assista também

    Medo da Covid-19 estimula fumantes a largarem o cigarro

    Fumar maconha aumenta o risco de complicações do coronavírus

    Pneumologista explica como o novo coronavírus afeta os pulmões

    Cigarro eletrônico
    Cigarro eletrônico
    Foto: Lindsay Fox/Pixabay

    Os médicos responsáveis pelo estudo utilizaram amostras de 4.351 adolescentes e jovens adultos americanos com idades entre 13 e 24 anos. O método utilizado relacionou os sintomas, testes e diagnósticos de Covid-19 ao uso de cigarros. Fatores sociodemográficos e existência de comorbidades também foram considerados.

    “Nossa pesquisa fornece evidências oportunas de que jovens que usam ‘e-cigarros’ e cigarros possuem maior risco de ter Covid-19”, escreveram os autores. Os motivos para essa constatação são que, além da exposição dos pulmões a altos níveis de nicotina e outros químicos, é comum que usuários levem as mãos à boca e rosto constantemente, o que contribui para as chances de contaminação. Também foi citado o fato de geralmente o vaporizador eletrônico ser compartilhado entre mais de uma pessoa.

    Na conclusão do trabalho, os médicos apontam as autoridades de saúde pública americanas precisam se debruçar sobre esses dados para conscientizar os jovens sobre estes riscos. Além disso, o estudo apela para que a agência reguladora dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), regulamente o comércio de cigarros eletrônicos durante a pandemia.

    *Sob supervisão de Evelyne Lorenzetti