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    China constrói estações permanentes de testes de Covid para vida após lockdown

    Apenas em Xangai já foram concluídos nove mil postos fixos para testagem; quase 25 milhões de residentes da cidade permanecem sob alguma forma de bloqueio

    David Stanwayda Reuters , Xangai

    A China está montando milhares de estações permanentes de testes PCR, com nove mil já concluídas apenas em Xangai, enquanto as autoridades buscam “normalizar” controles rígidos de pandemia, mesmo após o término da atual rodada de bloqueios.

    Atualmente, quase 25 milhões de residentes no centro financeiro oriental de Xangai permanecem sob alguma forma de bloqueio, no momento em que a cidade enfrenta o maior surto de coronavírus da China.

    Em uma tentativa de evitar futuros surtos as autoridades municipais criaram um sistema que tornará os testes regulares de Covid-19 uma característica permanente da vida cotidiana, com outras cidades tomando medidas semelhantes.

    Dos nove mil locais de testes de Xangai, cinco mil já estavam operando, disse o vice-prefeito Wu Qing na sexta-feira (6).

    Como parte da estratégia “dinâmica” de zero Covid da China, os moradores de cidades como Pequim já enfrentam testes frequentes e há muito se acostumaram a exibir um aplicativo móvel de “código de saúde” para mostrar que não visitaram áreas de alto risco.

    Mas o novo sistema exigirá que qualquer pessoa tenha um teste PCR negativo antes de entrar em espaços públicos. Não ficou claro o quão recentes os testes precisavam ser.

    As estações de teste – localizadas em áreas residenciais, parques industriais, blocos de escritórios e nas entradas de estações de trem e metrô – permitirão que as pessoas sejam testadas em apenas 15 minutos, disseram autoridades.

    Pequim, que está lutando contra um surto, também disse na quinta-feira (5) que implementaria testes “normalizados” e garantiria que qualquer pessoa que entrasse em prédios públicos precisasse mostrar um resultado negativo do teste realizado nos últimos sete dias.

    A cidade de Hangzhou, 176 km a sudoeste de Xangai, também prometeu instalar 10 mil estações de teste permanentes e permitirá o acesso a seus pontos turísticos apenas para pessoas com teste Covid negativo nas 48 horas anteriores.

    A China dobrou sua retórica de Covid zero, dizendo que a estratégia continua sendo a maneira mais econômica e humanitária de lidar com a pandemia, mas muitos moradores e grupos empresariais levantaram preocupações sobre os custos dos bloqueios frequentes.

    Analistas de bancos estrangeiros ficaram divididos quanto aos méritos do plano de testes regulares. O Goldman Sachs disse em nota que os testes regulares podem oferecer uma saída para a China, pois mantém “zero-Covid” e reduz o impacto econômico, acrescentando que os custos dos testes seriam apenas uma fração do PIB do país.

    No entanto, o banco Nomura alega que os benefícios dos testes regulares de PCR seriam limitados, acrescentando que poderia custar entre 0,9% e 2,3% do PIB, dependendo de até que ponto a medida for estendida à população da China.

    “Grande parte desses gastos provavelmente excluirá os gastos fiscais em outras áreas-chave”, acrescentou o comunicado do banco.

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