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    Casos de Covid-19 em favelas do Rio caem 46% em uma semana

    Painel da Voz das Comunidades mostra que as 40 localidades monitoradas registraram 294 casos nos últimos sete dias

    Mylena Guedesda CNN* , Rio de Janeiro

    As favelas da cidade do Rio de Janeiro apresentaram redução de 46,74% no número de casos do novo coronavírus em uma semana, de acordo com o Painel do Voz das Comunidades, que monitora 40 comunidades cariocas. Nesta semana, foram registrados 294 novas infecções pela Covid-19, enquanto na semana anterior foram 552.

    Neste período, as mortes em decorrência da doença também diminuíram de 29 para 13, redução de 55%. Ao todo, 47.832 moradores das comunidades que fazem parte do levantamento já foram infectados com o vírus desde março do ano passado. Já em relação aos óbitos, foram 2.689 desde o início da pandemia.

    No momento, a taxa de letalidade nas favelas está em 5,6%. O índice é apenas 0,2% menor do que o de todo o município e maior que a taxa do estado, que está em 5,1%. Enquanto isso, a letalidade nacional está em 2,8%, de acordo com o Ministério da Saúde.

    O Complexo da Maré, na Zona Norte, registra o maior número de mortes e casos. São 9.683 infectados e 373 óbitos ao todo. No entanto, a localidade de cerca de 140 mil habitantes foi alvo de uma campanha de vacinação em massa, com o imunizante da AstraZeneca, em parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Prefeitura do Rio de Janeiro.

    A primeira etapa ocorreu entre os dias 29 de julho e 1º de agosto, e foi suficiente para que, na sexta-feira (15), durante a divulgação do boletim epidemiológico semanal, o município qualificasse a localidade como uma das que apresentam menores índices de transmissão e internação na cidade. A campanha vai até esse sábado (16), com a repescagem para quem ainda não tomou a primeira dose.

    A Maré não foi a única comunidade que passou por uma campanha deste tipo. A outra ocorreu no bairro de Paquetá. Complementam o ranking de A Voz da Comunidade a Rocinha, na Zona Sul, com 3.971 casos e 148 mortes, e a do Alemão, na Zona Norte, com 3.213 casos e 183 óbitos.

    *Sob supervisão de Stéfano Salles

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