Butantan não cogita aplicar Coronavac em dose única
Diretor do Instituto disse que intervalo entre as doses pode ser prorrogado para ampliar cobertura vacinal


O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (7) que não se cogita, no momento, o uso da Coronavac em dose única, como havia sido sugerido anteriormente.
“O estudo que é a base dessa apresentação é com duas doses”, disse ele, durante entrevista coletiva. “Não se cogita nesse momento a utilização de uma dose. O que está se cogitando é ampliar o intervalo entre as doses, isso é possível alongar para permitir uma cobertura maior no início, a medida que as vacinas vão sendo disponibilizadas”.
O governo de São Paulo anunciou nesta tarde que o imunizante tem ao menos 78% de eficácia.
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Covas explicou que o intervalo entre as doses pode ser de 14 a 28 dias. “O ideal seria 14, mas estamos considerando a possibilidade de ampliar até 28 para uma cobertura vacinal maior, mais rápida”, disse. “Isso te dá um intervalo de tempo mais apropriado para o programa de imunização”.
Até o momento, o estado tem quase 11 milhões de doses prontas da vacina, além de insumos para produção nacional.
É esperado que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas nessa primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses até o fim de março. A prioridade será para profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais, grupos indígenas e quilombolas.