Butantan identifica nova sublinhagem BN.1.3.1 da Ômicron no estado de SP
No total, já foram sequenciadas 36 amostras da BN.1.3.1 no estado
Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram uma nova sublinhagem do coronavírus, chamada BN.1.3.1, derivada da variante Ômicron, no estado de São Paulo.
Segundo o Butantan, a variante surgiu pela mutação de uma proteína que tem papel considerável na replicação do RNA viral. A sublinhagem foi identificada no país entre entre 9 de novembro e 7 de dezembro de 2022.
No total, já foram sequenciadas 36 amostras da BN.1.3.1 no estado, sendo 26 pelo Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS), coordenado pelo Butantan, quatro pelo Hemocentro de Ribeirão Preto e seis pelo Laboratório Dasa.
Inicialmente, a sublinhagem foi detectada em Portugal, em setembro de 2022. No mundo, foram registrados 1.050 sequenciamentos da cepa, a maioria na Dinamarca, com 634 amostras.
Dos 26 sequenciamentos realizados pelo CeVIVAS, 24 casos foram registrados em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, um na capital e um em Ribeirão Preto, também no interior paulista.
Os especialistas do Butantan Alex Ranieri e Gabriela Ribeiro avaliam que a BN.1.3.1 não tem força suficiente para causar preocupação.
“A sublinhagem BN.1.3.1 não teve um crescimento ultimamente e, por isso, não é uma linhagem de monitoramento mais rigoroso. Ela é monitorada por ser da variante Ômicron, mas não tão atentamente quanto a BQ.1 ou XBB.1”, afirma Alex.
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Sublinhagens XBB.1 e BQ.1
O centro de pesquisa já havia identificado as sublinhagens XBB.1 e BQ.1, também da cepa Ômicron, entre a 42ª e 44ª semanas epidemiológicas, em outubro de 2022.
Foram 23 amostras identificadas da XBB.1 e 555 da BQ.1 em São Paulo e em cidades do interior do estado até a 50ª semana epidemiológica, entre 10 e 16 de dezembro de 2022.
A XBB.1 é uma recombinante entre as sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75 e foi encontrada também em outros 35 países.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem evidências que sugerem que a XBB.1 pode trazer um risco maior de reinfecção, comparada a outras sublinhagens da ômicron.
Já a BQ.1 é uma sublinhagem da BA.5, que carrega mutações em certos pontos da proteína Spike do vírus SARS-CoV-2, incluindo K444T e N460K.