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    Brasil vive risco alto de retorno da poliomielite, alerta presidente da SBIm

    À CNN Rádio, o pediatra Juarez Cunha defendeu a adesão da população à campanha de vacinação, em andamento desde o último dia 8

    EUA se preocupam com nível de vacinação de crianças
    EUA se preocupam com nível de vacinação de crianças Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Ricardo GouveiaBel Camposda CNN

    O risco da volta da paralisia infantil no Brasil é considerado altíssimo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que colocou o país em alerta máximo.

    A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ressalta que a cobertura vacinal contra a poliomielite está em torno de 70%, o que significa 1 milhão de crianças desprotegidas contra uma doença que pode matar ou deixar sequelas motoras graves.

    Em entrevista à CNN Rádio, o presidente da SBIm, Juarez Cunha, explicou que o índice caiu ainda mais desde o início da pandemia e lembra que até 2019 a cobertura era de 85%, índice ainda a baixo dos 95%, que é considerado ideal.

    Cunha acredita que muitos pais da atual geração não conviveram com as consequências da paralisia infantil e, por isso, podem não ter consciência da importância da imunização. “As pessoas não lembram mais, o último caso no Brasil é de 1989, mas a polio continua ocorrendo no mundo, de forma endêmica em alguns países e com surtos em outros”, disse o pediatra.

    A Sociedade Brasileira de Imunizações lançou nesta semana a campanha “Paralisia infantil: a ameaça está de volta”. A iniciativa ocorre paralelamente à campanha nacional de vacinação promovida pelo Ministério da Saúde desde o dia 8 deste mês.

    “Temos vacinas seguras, eficazes e gratuitas que oferecem toda a possibilidade de impedir o ressurgimento dessa doença no Brasil, mas vemos pouca adesão tanto na campanha do governo contra poliomielite como em todas as outras vacinas”, lamenta do presidente da SBIm.

    A imunização contra a poliomielite é realizada por meio de três doses injetáveis, intercaladas aos dois, quatro e seis meses de idade, além de mais duas doses complementares por gotas até os cinco anos.

    A doença não tem um tratamento específico e pode levar a paralisia irreversível de membros, além de matar.