Brasil vive expansão de transmissão da varíola dos macacos, diz infectologista
Em entrevista à CNN, Álvaro da Costa explicou que transmissão local da doença indica crescimento das contaminações
Dos três últimos casos de varíola dos macacos registrados no Brasil, dois deles são decorrentes de transmissão local, ou seja, pacientes que não apresentaram histórico de viagem para o exterior. Na avaliação do infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Álvaro da Costa, em entrevista à CNN neste sábado (25), esse é um dos indicativos de que o país vive um crescimento da transmissão da doença.
“De alguns dias para cá, no Brasil, a gente está vendo casos de pessoas que não entraram em contato com pessoas que viajaram e nem que viajaram para esses países. O que mostra uma expansão de transmissão no nosso país”, afirmou.
A atualização mais recente do Ministério da Saúde confirma que o país registra 17 casos da varíola dos macacos até o momento. As infecções foram contabilizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em relação à transmissão do vírus, o infectologista explicou que ainda não há convicção dos mecanismos. “A gente ainda está entendendo os mecanismos de transmissão. Pelo o que a gente viu nas últimas semanas, a transmissão sexual parece ser uma transmissão bastante importante. O contato muito próximo com pele.”
Costa ressalta, porém, que a contaminação por ocorrer também de outras formas, como através do compartilhamento de objetos, beijos, abraços e contato com secreções respiratórias.
Segundo o médico, os sintomas da doença se manifestam, principalmente, na “pele, lesões que podem começar com febre, dor no corpo, algumas ínguas na região da virilha e depois evoluir para lesões em todo o corpo”.
*Sob supervisão de Vinicius Tadeu