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    Brasil tem 4 mortes e 428 casos confirmados do novo coronavírus, diz ministério

    Todas as mortes ocorreram no estado de São Paulo. Casos suspeitos sobem para 11.278

    Ambulante vende máscaras no Rio em meio à pandemia do novo coronavírus
    Ambulante vende máscaras no Rio em meio à pandemia do novo coronavírus Foto: Sergio Moraes - 18.mar.2020/Reuters

    O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (18) que o Brasil já teve, no total, quatro mortes devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) e 428 pacientes. O número de casos suspeitos chegou a 11.278, espalhados por todas as unidades da federação. As ocorrências descartadas chegam a 1.841.

    Todas as mortes ocorreram no estado de São Paulo, que tem o maior número de casos confirmados: 240. O estado também tem 5.334 casos suspeitos, mais da metade do total do país.

    Os três mortos confirmados hoje são homens, com idades de 65, 81 e 85 anos. Todos foram atendidos em um hospital privado da capital. O paciente de 81 anos é morador do município de Jundiaí, e os demais da cidade de São Paulo. 

    A primeira morte pelo novo coronavírus no Brasil foi confirmada ontem (17). A vítima foi um homem de 62 anos, com doenças crônicas, sem histórico de viagem, que faleceu no dia 16 após ter ficado internado desde o dia 14 na UTI de um hospital privado.

    Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo; e evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

    Estados

    O estado com maior número de casos é São Paulo, com 240 ocorrências. Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro (42), Distrito Federal (26), Rio Grande do Sul (19), Pernambuco (16) e Paraná (13).

    Casos já foram registrados em 17 unidades federativas. A região Norte tem o menor número de casos confirmados, com apenas um no Amazonas. 

    Estado com o maior número de casos, concentrados em sua maioria na capital e região metropolitana, São Paulo adotou novas medidas nesta quarta-feira para coibir a propagação da doença. O governador João Doria (PSDB) recomendou o fechamento de shoppings e academias de ginástica até o final do mês de abril. Já o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), determinou o fechamento do comércio até o dia 5, com exceção de farmácias, mercados, restaurantes, postos de gasolina e serviços por delivery.

    Autoridades com coronavírus

    O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), testou positivo para o novo coronavírus. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Presidência do Senado nesta quarta-feira (18).

    Segundo nota divulgada, o resultado foi verificado no segundo exame ao qual o senador se submeteu, feito nesta terça-feira (17). “Davi Alcolumbre, no entanto, está bem, sem sintomas severos, salvo alguma indisposição”, diz o texto.

    O governo anunciou também nesta quarta que dois ministros testaram positivo para o novo vírus: o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Bento Albuquerque, que comanda a pasta de Minas e Energia. 

    O ministro Augusto Heleno afirmou à CNN que não se aproximou de ninguém a menos de dois metros de distância, como medida que já vinha adotando contra o coronavírus. Heleno tem 72 anos e está no grupo de risco.

    Mandetta critica OMS

    Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, criticou a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que toda a população seja submetida a testes para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

    “Do ponto de vista sanitário, é um desperdício de recursos preciosos para as pessoas”, disse. “Uma coisa é ter um país como a Coreia do Sul, que não é muito maior que o Sergipe, a Bahia. É totalmente diferente de um continente como o Brasil. Vamos lutar discutindo com os nossos especialistas”. Para ele, não há kits suficientes no mundo para fazer o teste extensivamente.