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    Brasil deve apresentar alta de casos de Covid em 2 meses, projeta infectologista

    Segundo Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'Or, movimento é esperado diante da alta transmissão do vírus na China

    Tamara NassifElis Francoda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN neste sábado (24), a infectologista da Rede D’Or, Raquel Muarrek, disse que especialistas hoje têm trabalhado com a expectativa de que o Brasil volte a ter “maior incidência de casos de Covid-19 em até dois meses”, diante da alta transmissão do vírus na China.

    “Supomos que esse movimento aconteça, porque temos as festas de final de ano e foi o que aconteceu no começo da pandemia, em 2020: a China começou a apresentar os primeiros casos em dezembro, e a Covid-19 chegou aqui em fevereiro e março”, disse ela.

    A avaliação é de que cerca de 250 milhões de chineses tenham se infectado desde o início de dezembro, segundo dados vazados de autoridades de saúde do país. Se correta, a estimativa – que a CNN não pode confirmar de forma independente – representaria cerca de 18% dos 1,4 bilhão de habitantes do país e seria o maior surto de Covid-19 até hoje em todo o mundo.

    Na leitura de Muarrek, essa onda de transmissões tem potencial para alcançar o Brasil graças ao “mundo globalizado”.

    “O ir e vir, principalmente nesse período de festas de fim de ano, é mais intenso”, explica.

    A infectologista ainda ressalta que, embora boa parte da população brasileira esteja vacinada com duas doses de reforço, a vacina aplicada precisa ser atualizada — o que ela chama “de segunda geração” — para “melhorar a resposta imune e diminuir a infecção no país”.

    “Quanto mais casos, mais mutações e mais gravidade, porque o vírus pode burlar a vacina e voltar a ter alta incidência”, disse.

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