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    Bolsonaro foi incoerente com a ciência ao retirar máscara, avalia médico

    Especialista Dante Senra comentou quadro clínico do presidente

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou positivo para Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O resultado do exame foi anunciado nesta terça-feira (7). A CNN noticiou ontem que o presidente apresentou sintomas da doença, e resolveu fazer o teste em um hospital da capital federal.

    O médico cardiologista Dante Senra comentou à CNN, sobre a postura do presidente após a confirmação do diagnóstico. Segundo ele, o comportamento de Bolsonaro, que tirou a máscara durante a entrevista, foi incoerente com a comunidade científica. No entanto, o especialista acredita que a utilização da hidroxicloroquina, com orientação médica, pode auxiliar na redução da carga viral do vírus.

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    “Bolsonaro manteve a coerência com o seu discurso inicial, mas teve incoerência com a comunidade científica ao retirar a máscara. Acho uma atitude bastante arriscada, e tirar a máscara sabendo que está contaminado é um exemplo ruim e não é uma coisa que agrade a comunidade científica obviamente”, criticou Senra.

    O médico acredita que não há tempo hábil para que se tenha mais estudos que comprovem a eficácia da hidroxicloroquina, medicação utilizada pelo presidente Bolsonaro

    “Quem faz crítica à esse medicamento, usa o argumento de que ele não tem estudo provando a eficácia. Mas isso não é possível ser feito em um momento de pandemia, pois está morrendo um brasileiro por minuto. Então não temos tempo hábil de fazer estudo e não me parece ético fazer isso neste momento. O argumento parece ser bastante lógico para utilização, mas com orientação médica.  Quem decide o que você vai tomar é o seu médico de confiança e não o seu político. A prescrição não é política, nunca foi.”, analisa.

    Quanto ao histórico de saúde do mandatário, Sanre lembrou ainda que o fato do presidente ter passado por uma cirurgia grande após a facada, em 2018, pode ter reduzido a imunidade de Bolsonaro, facilitando o contágio. 

    “Mesmo tendo alguns meses, ele passou por uma cirurgia grande e isso reduz a imunidade das pessoas. O histórico de comorbidade também pode vir influenciar o quadro das pessoas. Espero que o legado desta pandemia seja a avaliação das pessoas sobre o estilo de vida, pois é necessário chegar bem em situações como esta”, disse.

    “É preciso estar com a saúde em dia, praticar atividades físicas, embora ter histórico de atleta não proteja ninguém, pois ele acaba sendo uma lembrança se a pessoa deixa de se exercitar”, explicou. 

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