Autoteste reduz riscos e pode ajudar a controlar a pandemia, diz epidemiologista
Denise Garret explicou que o sistema de testagem em casa é tão simples quanto um teste de gravidez e facilita a identificação imediata da Covid-19


Assim como a vacinação, uso de máscaras e evitar aglomeração, o método de autotestagem, feito em casa, é “uma medida importante na redução de risco”, disse a epidemiologista e vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, Denise Garrett, à CNN Rádio nesta quinta-feira (13).
“O autoteste é um complemento aos testes realizados profissionalmente, como o PCR, não é para substituir, mas com certeza é uma medida para facilitar a identificação imediata e isolamento dos casos, e isso tem impacto muito grande no controle da pandemia”, disse.
O governo federal deve solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação do uso do autoteste contra a Covid-19. A agência disse que o uso como política pública depende de definições bem claras do governo sobre como os testes seriam aplicados e seus resultados recolhidos e utilizados.
Segundo a epidemiologista, o autoteste é “fácil e barato, é como um teste de gravidez, que todo mundo sabe fazer, e é mais acessível.”
Ela destaca que, nos Estados Unidos, onde ela mora e trabalha, o governo já estuda implementá-lo como uma política pública, com distribuição gratuita.
Denise Garrett ainda avalia que o autoteste não deve impactar na coleta de dados sobre a Covid-19 no Brasil, especialmente diante do apagão de informações do Ministério da Saúde.
“Não acho que temos muito controle no momento. Em termos de testagem, o Brasil sempre esteve atrás, voamos às cegas, nunca testamos, não temos como entender a situação toda da pandemia porque não há testagem”, alertou.