Autoridades de SP culpam sigilo da China por falta de dados sobre a Coronavac
Butantan deixou de encaminhar seis itens que as autoridades federais consideram cruciais para a liberação do uso emergencial
Autoridades paulistas disseram a autoridades federais estarem impossibilitadas de fornecer todos os dados reivindicados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em razão de um acordo de confidencialidade firmado entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac.
A situação gera um impasse para a liberação do uso emergencial da Coronavac, uma vez que um lado alega não poder, por contrato, repassar todas as informações, enquanto o outro diz que só libera após analisar esses dados.
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O Butantan deixou de encaminhar seis itens que as autoridades federais consideram cruciais para a liberação do uso emergencial.
Um agravante é que a resolução para uso emergencial da Anvisa, elaborada em novembro, diz que os dados, após a liberação, devem se tornar públicos. A lista dos itens que o Butantan precisaria enviar também está nessa norma da agência de novembro.
Um dos itens essenciais que faltaram é o chamado “Dados de eficácia e de segurança de análises de subgrupos por status de infecção prévia e por faixas etárias”, que compõe o capítulo 13 do dossiê entregue na Anvisa.
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Em menor grau, há dados faltantes também da Fiocruz. Em razão disso, as autoridades responsáveis pela liberação já avaliam que o uso emergencial de ambas não deve ser liberado nesta semana.
Diante da pressão de Brasília e de São Paulo, fazem comparações. O uso emergencial da vacina da Pfizer, por exemplo, demorou 21 dias para ser liberado nos Estados Unidos, dois meses no Canadá e nove dias no Reino Unido.