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    Automedicação agrava situação de pacientes infectados pela Covid-19, diz médica

    Infectologista Raquel Muarrek explica que, ao tomar kits de medicamentos não indicados, indivíduos ficam desprotegidos na fase inflamatória da doença

    Produzido por Henrique Andrade Da CNN em São Paulo

    No sábado (27), o Brasil registrou 3.438 mortos por Covid-19. Pelo terceiro dia consecutivo, o país supera 3 mil vítimas em apenas 24 horas. Na percepção da infectologista Raquel Muarrek, que também é médica intensivista, neste momento os novos casos estão se desdobrando para níveis mais graves da doença. Sobre isso, ela afirma que sua primeira recomendação é que as pessoas parem de tomar remédios por conta própria.

    “A principal recomendação é não se automedicar. A gente sabe que a primeira fase desse vírus tem uma replicação dentro do organismo e o corpo do paciente se protege ou fabrica a sua própria defesa. Essas idas e vindas e a ansiedade do paciente em fazer a automedicação ou de ir evoluindo com vários kits de medicamentos, que não são indicados, fazem com que esse indivíduo fique desprotegido na fase inflamatória”, afirma.

    Segundo Muarrek esta fase se dá entre o 9º e 10º dia de contágio, e é quando o vírus voltaria a se manifestar com uma prova inflamatória mais alta.

    “Quando eu recebo este paciente com nove ou dez dias, ele está vindo mais tardio para nós. Porque ele vai se automedicando, tomando medidas, vai tomando medicações e chega para nós com uma inflamação muito aumentada, alta alteração pulmonar e já necessitando de oxigenioterapia com gravidade maior a partir de dez ou doze dias”.

    A infectologista e intensivista diz que ao testar positivo para a Covid-19, o paciente precisa, antes de tudo, ser bem assistido e orientado. Também é necessário seguir com a análise da prova inflamatória sequencial. “A cada três ou quatro dias ele deve ser analisado por um médico ou serviço que o acompanhe”.