Austrália defende vacina de Oxford após África do Sul suspender uso
Governo sul-africano suspendeu uso da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca por indícios de que imunizante fornece 'proteção mínima' contra variante
O governo da Austrália agiu, nesta segunda-feira (8), para tranquilizar seus cidadãos sobre a eficácia da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca/ Universidade de Oxford, depois que a África do Sul suspendeu o uso da vacina porque os dados mostraram que ela oferecia proteção limitada contra uma nova cepa do vírus.
A decisão ocorre após a Universidade de Oxford informar que dados sugerirem que duas doses da vacina fornecem “proteção mínima” contra a infecção leve e moderada da variante identificada pela primeira vez na África do Sul.
O ministro da Saúde da Austrália Greg Hunt, porém, disse que a vacina é eficaz em seu objetivo principal.
“Atualmente não há evidências que indiquem uma redução na eficácia das vacinas AstraZeneca ou Pfizer na prevenção de doenças graves e morte. Essa é a tarefa fundamental, para proteger a saúde”, disse Hunt a repórteres em Canberra.
Espera-se que a Austrália aprove o uso da vacina da AstraZeneca dentro de alguns dias. No mês passado, aprovou o uso da vacina Pfizer-BioNTech, embora tenha garantido doses suficientes para menos da metade de sua população e os pedidos continuem atrasados.
Espera-se que a Austrália comece a usar a vacina da Pfizer no final deste mês, embora as esperanças de Canberra para um programa de inoculação completo se concentram na vacina da AstraZeneca.
O país encomendou 53 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, a grande maioria das quais será fabricada localmente pela CSL Ltd.
A Austrália, no entanto, está sob menos pressão para iniciar as inoculações contra a Covid-19 após suprimir com sucesso a disseminação do vírus.
Na segunda-feira, apenas um novo caso local do vírus foi relatado.
A Austrália teve pouco mais de 28.800 casos no ano passado e 909 mortes. (Reportagem de Colin Packham; Edição de Lincoln Feast.)