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    Aumento das internações gera fila para leito de UTI em quatro estados e no DF

    Na capital federal, mais de 100 pessoas aguardam por uma vaga de UTI na rede pública

    Isabelle ResendeNathalia Teixeirada CNN , no Rio de Janeiro

    O aumento no número de internações por Covid-19 já provoca uma sobrecarga nos hospitais públicos dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará e Goiás, além do Distrito Federal.

    Um levantamento feito pela CNN junto às secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal mostra que em algumas regiões já há registro de pessoas aguardando por vagas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Dos 26 estados brasileiros questionados pela CNN, somente 17 responderam.

    No Distrito Federal, 117 pessoas esperam por uma vaga na UTI, de acordo com a Secretaria de Saúde. A taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva está em 85,04%.

    Com 72,9% dos leitos de UTI ocupados, o estado do Ceará tem hoje 64 pessoas na fila por uma vaga em leito de terapia intensiva. No Rio de Janeiro, a fila de espera aumentou 666% em um mês. De acordo com o painel da Secretaria de Saúde, 46 pessoas aguardando por um leito em um dos hospitais da rede estadual. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 48,9%.

    Em Goiás, onde a taxa de ocupação de leitos é de 85,80%, 42 pacientes aguardam por uma vaga. Os hospitais do Rio Grande do Norte estão com 58,87% dos leitos de UTI ocupados e neste momento, 11 pessoas aguardam por uma vaga de internação.

    Esta semana a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta sobre a piora no cenário epidemiológico nas últimas semanas no Brasil com aumento na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Pelo menos quatro estados estão com taxa de ocupação de UTI acima de 80%. O boletim da Fiocruz destaca ainda a maior presença de pessoas em idades mais jovens, tanto para internações quanto para óbitos. Em especial para internações, chama a atenção da presença de crianças com até 2 anos nas internações, o que segundo os especialistas, é um indicativo de que o grupo passou a ocupar lugar de destaque na pandemia no final de 2021 e início de 2022.

    “Para as internações em UTI parece haver uma nova forma de distribuição, em que adultos mais jovens e idosos menos longevos passam a compartilhar o perfil que mais requer cuidados intensivos. As próximas semanas poderão alterar a dinâmica das internações por Covid-19 no país”, afirmam os especialistas.

    Para os pesquisadores, parte significativa das internações em leitos de UTI por síndrome respiratória aguda grave associada à Covid-19 está relacionada à onda provocada pela variante Ômicron.

    O predomínio da cepa mostra, segundo o levantamento, uma evidente tendência de aumento da transmissão da doença. Mesmo considerando que parte dos casos se referem a registros que ficaram retidos nos sistemas.

    Essa tendência de aumento acelerado do número de casos já havia sido observada na Europa e mais recentemente na América do Sul, principalmente na Argentina e no Uruguai.

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