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    Ataque à Saúde é grave e cidadão pode ser prejudicado, diz especialista

    Especialista em tecnologia acredita que a vulnerabilidade do sistema coloca em risco 'dados sensíveis' da população

    Ingrid OliveiraLudmila Candalda CNN , em São Paulo

    Na madrugada desta sexta-feira (10), o site Ministério da Saúde ficou fora do ar por conta de um ataque hacker.

    A mensagem do Lapsus$ Group, supostos hackers que assumiram a autoria da invasão, dizia que 50 terabytes de dados foram retirados do sistema e estão em posse do grupo.

    Em entrevista à CNN, Arthur Igreja, especialista em tecnologia, disse que não podemos tratar esse ataque como algo superficial. Segundo ele, o incidente é grave e o cidadão pode ser prejudicado.

    “Estamos falando de dados sensíveis, únicos. É diferente de um ‘usuário e senha’. Aqui, possivelmente, a gente tá falando de informações de foro íntimo, dados de vacinação, CPF, endereço. Isso transborda o assunto ‘saúde’”, disse.

    Segundo o especialista, os hackers podem usar esses dados para lesar as pessoas — que já estão sendo prejudicadas por não conseguirem emitir um certificado de vacinação, por exemplo.

    Além disso, a posse das informações abre portas para outras infrações. Arthur Igreja aponta que o governo precisa investir fortemente para evitar ataques.

    “Fica uma urgência para que barreiras sejam erguidas. A segurança cibernética não é diferente da segurança patrimonial.”

    Os ataques ocorrem à medida que os usuários estão conectados. “Os golpistas entendem que as pessoas estão passando mais tempo online, e por isso tentam atacar o tempo inteiro empresas e órgãos públicos”, aponta.

    Apenas nas próximas horas e dias é que iremos entender a gravidade disso tudo, segundo ele.

    Apesar disso, alerta que os ataque são comuns e podem voltar a acontecer. “Temos que partir do pressuposto que novos ataques acontecerão, então é importante ter contingência, não somente o backup dos dados.”

    Polícia Federal chamou o ocorrido de hacktivismo (junção de hack + ativismo) — que tem alguma intenção política.

    De acordo com o especialista, a invasão é ‘no mínimo uma coincidência sobre o fato de um ataque no Ministério da Saúde [focado no sistema da vacina] acontecer no momento em que o assunto [passaporte da vacina] está tão aquecido no Brasil.”

    “Então teremos que considerar a hipótese de que um ataque bem sucedido ganharia mais atenção”

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