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    AstraZeneca fará estudo com vacina de Oxford combinada com a Sputnik V

    Ensaio clínico que agrega as duas vacinas contra o novo coronavírus será iniciado, informou o governo do Reino Unido

    Fabricio Julião*, da CNN, em São Paulo



     

    O governo do Reino Unido anunciou, nesta sexta-feira (11), que irá avaliar combinar um dos componentes da vacina russa Sputnik V com a vacina produzida pela AstraZeneca. Segundo comunicado, um novo ensaio clínico, que agrega as vacinas de adenovírus da Rússia e as vacinas de tecnologia de mRNA, será iniciado no fim deste ano.

    “À medida que mais vacinas são aprovadas em todo o mundo, é importante explorar como elas podem ser usadas no ambiente do mundo real e estudar sua intercambialidade”, afirma a farmacêutica britânica. “Avaliar a combinação de diferentes tipos de vacina contra Covid-19 pode ajudar a aprimorar a segurança e garantir maior acessibilidade ao imunizante, além de fornecer uma nova abordagem para ajudar a superar esse vírus mortal”, acrescentou.

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    Vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra o novo coronavírus
    Vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra o novo coronavírus
    Foto: Dado Ruvic/Reuters

    No dia 23 de novembro de 2020, o Fundo de Investimento Direto Russo e o Instituto Gamaleya, responsáveis por produzirem a Sputnik V, ofereceram à AstraZeneca o uso de um dos dois componentes da vacina Sputnik V. Nesta sexta-feira (11), foi anunciado que a farmacêutica aceitou envolver as duas vacinas em um estudo clínico.

    Frascos da Sputnik V, vacina contra Covid-19 aprovada pela Rússia
    Frascos da Sputnik V, vacina contra Covid-19 aprovada pela Rússia
    Foto: Divulgação – 06.ago.2020/ Fundo Russo de Investimento Direto

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    De acordo com a AstraZeneca, é provável que a combinação assegure imunidade ao vírus por um período de tempo maior. Além disso, ela anunciou que a exploração dessa variedade de opções pode ajudar a tornar os programas de imunização mais flexíveis, o que permitiria aos médicos o poder de escolha mais abrangente na hora de administrar as vacinas.

    “Este exemplo único de cooperação entre cientistas de diferentes países no combate conjunto ao coronavírus terá um papel decisivo na vitória final sobre a pandemia”, disse Kirill Dmitriev, CEO do Fundo de Investimento Direto Russo. “A decisão da AstraZeneca de realizar ensaios clínicos usando um dos dois vetores do Sputnik V para aumentar a eficácia da sua própria vacina é um passo importante para unir esforços na luta contra este vírus”, avaliou.

    Dmitriev ressaltou que eles estão determinados a desenvolver essa parceria no futuro e a iniciar a produção conjunta depois que a nova vacina demonstrar sua eficácia no curso dos testes clínicos. “Esperamos que outros produtores de vacinas sigam nosso exemplo”, completou.

    A Sputnik V possui dois componentes diferentes baseados em adenovírus humano, e é aplicada em duas doses. No fim de novembro, os cientistas russos concluíram que a vacina tem 91% de eficácia, 28 dias após a primeira dose, e 95% após 42 dias.

    Já a AstraZeneca informou que sua vacina, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, apresentou eficácia média de 70% na proteção contra o vírus. Foram considerados testes de voluntários em estudos de fase 2 e 3 no Reino Unido e no Brasil.

    (*Sob supervisão de Paloma Souza)