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    As grávidas precisam ser protegidas e a vacinação deve continuar, diz enfermeira

    Ministério da Saúde suspendeu por precaução o uso da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca/Oxford em grávidas e mulheres que tiveram filho há menos de 2 meses

    Produzido por Vinícius Tadeu, da CNN em São Paulo

    Após a morte de uma gestante, o Ministério da Saúde suspendeu por precaução o uso da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Oxford em grávidas e mulheres que tiveram filho há menos de dois meses. A partir de agora, apenas a Coronavac e a vacina da Pfizer podem ser aplicadas em grávidas. Além disso, somente mulheres deste grupo que tenham comorbidades devem ser imunizadas contra a doença.

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (12), a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Ethel Maciel explicou que ainda não se sabe a causa da morte da gestante (se tem relação com o imunizante) e que a vacinação precisa continuar, uma vez que as vacinas são seguras.

    “Nós ainda não temos uma relação de causa. A vacina causou essa morte?”, questionou. “Temos várias condições que podem levar à morte, inclusive a pessoa estar infectada com o Sars-CoV-2 [Covid-19] quando tomou a vacina ou [ter sido infectada] depois. Pode ter sido também alguma condição pré-existente. Em geral, devemos demorar em torno de 15 dias a um mês para ter essa confirmação”, disse.

    “Esse grupo precisa ser protegido, a vacinação precisa continuar e as vacinas são seguras. A própria Covid-19 causa muito mais doença tromboembólica e por isso precisamos proteger as nossas gestantes e puérperas.”

    De qualquer forma, a especialista alertou para alguns sintomas após a administração do imunizante e que podem indicar trombose.

    “[A grávida] que já tomou a vacina [deve] prestar atenção se tiver dor no peito, inchaço nas pernas, dificuldade para respirar. [Qualquer aparecimento de um desses sinais] precisa procurar um profissional de saúde. Há quem relata visão embaçada também. Isso pode ser um sintoma de trombose, mas são casos raros. São pouquíssimas as pessoas que vão desenvolver”, afirmou.

     

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