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    Após queda por pandemia, número de transplantes no Brasil tem recuperação

    Até o mês de setembro, havia 42.023 brasileiros em lista de espera para a realização de transplantes de órgãos e tecidos

    Giulia Alecrim*, da CNN

     

    A pandemia da Covid-19 afetou a realização de transplantes no Brasil, que observou queda de 10% no número de doadores efetivos e nas notificação de potenciais doadores em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). No terceiro trimestre deste ano, a taxa de doadores efetivos é de 14,6 pmp (partes por milhão) contra 18,4 de jameiro a março e 13,3 de abrir a junho, pico da pandemia do novo coronavírus.  

    Apesar do número de transplantes ter registrado as piores quedas durante o segundo trimestre deste ano, foi possível observar leve recuperação das operações no terceiro trimestre, com grande expectativa de recuperação para os últimos meses deste ano. 

    Em relação aos nove meses de 2020 com o mesmo período de 2019, os transplantes mais afetados foram o renal (que obteve uma queda de 26,6% e está em baixa há 10 anos); cardíaco (queda de 24%); pâncreas (37,6%) e o pulmonar, o mais atingido, com queda de 63,2%. O transplante de fígado foi o menos afetado entre os demais, diminuindo apenas 10,9% neste ano.

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    Até o mês de setembro, havia 42.023 brasileiros em lista de espera para a realização de transplantes de órgãos e tecidos, sendo a operação para transplantar um rim a mais demorada, com 25.724 pessoas aguardando. Já em relação a mortalidade entre àqueles que aguardavam pelo procedimento, foram registrados 19.843 óbitos durante o primeiro semestre deste ano. 

    Ainda assim, o Brasil realizou, entre janeiro e setembro, 5.357 transplantes de órgãos (coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim) e 4.807 transplantes de tecido (córnea). O transplante de rim foi o mais realizado neste ano, com 3.486 operações, e também desde 1997, com 84.888 procedimentos. 

    São Paulo lidera o número de potenciais doadores e doadores efetivos, seguido do Paraná e do Rio de Janeiro. O estado paulista também lidera o número de transplantes de pâncreas, coração, fígado, rim. pulmão, medula óssea e córnea  realizados neste ano. 

    *Sob supervisão de Evelyne Lorenzetti 

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