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    Após 959 dias, cidade deixa de aplicar multas de US$ 1.000 por não usar máscara

    Obrigatoriedade em Hong Kong, aplicada por meio de multas, exigia o uso de proteção facial em todos os espaços públicos

    Jessie YeungKathleen Magramoda CNN

    Uma das últimas grandes cidades internacionais que exigem o uso máscaras anunciou nesta terça-feira (28) que encerrará sua controversa medida de obrigatoriedade como prevenção à Covid-19. O anúncio acontece quase três anos depois de ter sido promulgada a decisão para impedir a propagação do coronavírus.

    A obrigatoriedade em Hong Kong, aplicada por meio de multas que podem chegar a mais de US$ 1.000, exigia o uso de proteção facial em todos os espaços públicos.

    A regra entrou em vigor para o transporte público em 15 de julho de 2020 e foi expandida duas semanas depois para incluir áreas internas e externas – embora a grande maioria das pessoas na cidade tenha começado a usar máscaras meses antes, quando os relatos de infecções por coronavírus se espalharam, levando a pânico de compras e escassez já em janeiro daquele ano.

    A obrigatoriedade será totalmente suspensa na quarta-feira (1º), disse o líder da cidade, John Lee, em uma entrevista à imprensa nesta terça-feira – 959 dias desde que a regra foi imposta.

    “Agora estamos voltando à normalidade”, disse Lee, enquanto o centro financeiro asiático lança um grande esforço para receber de volta viajantes a negócios e turistas.

    Hong Kong reverteu vários outras medidas importantes nos últimos meses, principalmente a quarentena obrigatória para todas as chegadas internacionais, uma medida celebrada por residentes ansiosos por viagens, familiares no exterior e empresas locais em dificuldades.

    Falando na mesma entrevista à imprensa nesta terça-feira, o secretário de saúde Lo Mau-chung disse que, com a suspensão da obrigatoriedade de máscaras, “agora removemos todas as restrições epidêmicas”.

    “Estou ansioso para ver um sorriso no rosto de todos agora”, disse ele. No entanto, acrescentou, o governo ainda aconselha o uso de máscaras em ambientes de “alto risco”, como lares de idosos e hospitais.

    A maioria dos outros lugares na Ásia diminuiu total ou parcialmente a obrigatoriedade da proteção facial nos últimos meses, incluindo Coréia do Sul, Japão e Taiwan.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda recomenda que os profissionais de saúde usem máscaras, com Maria Van Kerkhove, líder técnica da resposta à Covid-19 da OMS, alertando que o vírus estava “circulando praticamente sem controle em todo o mundo no momento”.

    Durante grande parte da pandemia, Hong Kong manteve o título nada invejável de ter algumas das políticas pandêmicas mais rigorosas do mundo – como a quarentena estrita, que em determinado momento exigia até 21 dias de isolamento em um quarto de hotel, sem visitantes permitidos e as janelas trancadas.

    As autoridades argumentaram que o período de isolamento era necessário para reduzir os casos importados e erradicar a transmissão local – anteriormente uma das referências necessárias para reabrir a fronteira da cidade com a China continental, que aderiu a uma política estrita de Covid zero até reabrir abruptamente no final do ano passado.

    A obrigatoriedade da máscara também atraiu críticas às vezes; em julho de 2020, durante o pico do verão úmido e sufocante de Hong Kong, o governo ampliou a regra para exigir máscaras mesmo ao se exercitar ao ar livre. O governo voltou atrás apenas algumas semanas depois, em meio a protestos públicos, reconhecendo que as pessoas “se esquivaram de se exercitar” devido à regra.

    “Máscaras faciais desempenharam um papel importante na redução da transmissão comunitária em Hong Kong, mas agora que quase todos estão vacinados e a maioria das pessoas também foi infectada, o abandono da regra legal já passou do prazo”, disse Karen Grepin, professora associada da Universidade da Escola de Saúde Pública de Hong Kong.

    “As pessoas agora podem fazer sua própria avaliação de risco para determinar se querem usar uma ou não”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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