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    Apesar da recomendação da Anvisa, voo de Angola chega nesta sexta em SP

    Voo partindo de Luanda tem pouso estimado no aeroporto de Guarulhos a 1h30 da madrugada de sexta com 300 passageiros

    Caio Junqueira

    Apesar da recomendação da Anvisa para que seja fechada a fronteira aérea para a Angola, um voo partindo de Luanda, capital do país, tem pouso estimado no aeroporto de Guarulhos a 1h30 da madrugada desta sexta-feira com 300 passageiros.

    A informação foi confirmada à CNN pela Embaixada de Angola em Brasília e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que informou que mais oito voos semelhantes deverão pousar no Brasil até o dia 31 de dezembro (veja tabela abaixo).

    Voos Angola
    Voos Angola / CNN Brasil

    Desse modo, os passageiros embarcarão apenas com as exigências atuais: teste de Covid-19 negativo e declaração de saúde do viajante, informações consideradas pelas autoridades sanitárias insuficientes para evitar que a Ômicron entre e se espalhe pelo país. A avaliação é a de que seria necessário evitar pelo menos a entrada de não-vacinados, uma vez que esse segmento de pessoas tem poder de transmissão maior.

    Para as autoridades sanitárias, há sim risco sanitário na entrada desses passageiros no país em razão da variante Ômicron do novo coronavírus pois os países têm baixa taxa de vacinados e pouco controle de suas fronteiras.

    Afirmam ainda que a despeito de Angola não ter casos confirmados de contaminados pela nova variante, há intenso fluxo de pessoas com países que já tem transmissão comunitária, o que eleva o risco de contágio. Os países vizinhos a Angola são Congo, Zâmbia e Namíbia.

    A recomendação da Anvisa para que a fronteira aérea do país fosse fechada para Angola e mais três países (Malawi, Moçambique e Zâmbia) foi feita no sábado depois de o governo aceitar fechar para seis países africanos (África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue).

    O governo, porém, não tomou uma decisão sobre a recomendação. Na reunião realizada na noite desta terça-feira no palácio do Planalto com representantes da Anvisa e representantes da Casa Civil e dos ministérios da Infraestrutura, Saúde e Relações Exteriores, o Executivo pediu mais dados para que uma decisão fosse tomada.

    Fontes do governo alegam que a recomendação da Anvisa não foi fundamentada e que a Saúde apresentou dados que a variante não atingiu Angola, que os dados no país estão estáveis assim como nos outros três países, o que teria sido corroborado pelo Ministério das Relações Exteriores a partir de informações prestadas pelas respectivas embaixadas.

    Como a Anvisa manteve a recomendação, ficou acordado que ela apresentaria mais dados para fundamentar a sua decisão.

    O adiamento da decisão permitirá que o voo decole de Angola e chegue ao Brasil. Esta viagem é importante para a comunidade angolana por ser o voo inaugural de uma linha regular entre os dois países. Antes, só havia voos esporádicos para o Brasil.

    Houveram intermediações da diplomacia angolana junto ao Itamaraty para que a fronteira aérea não fosse fechada. A relação entre os dois países é intensa tanto por questões econômicas, há muitas empresas brasileiras atuando em Angola, como religiosa, tendo em vista haver muitos evangélicos no país.

    Procurada, tanto casa Civil quanto o Ministério da Saúde disseram que não se posicionaram contra a medida, mas que aguardam mais dados da Anvisa para que uma decisão desse porte seja fundamentada. A Anvisa informou que mantém a necessidade de restrição aos voos dos quatro países.

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