Anvisa transforma hidroxicloroquina e cloroquina em remédios controlados
Segundo a agência, a medida foi tomada "para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado"
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou a considerar a hidroxicloroquina e a cloroquina como medicamentos controlados. Segundo a agência, a medida foi tomada “para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado.”
Após o governo americano anunciar, na quarta-feira (19), que a hidroxicloroquina pode ter eficácia contra o coronavírus — mesmo ainda sem evidências sustentáveis —, a procura pela droga aumentou e o medicamento tem sumido das prateleiras. A Anvisa não recomenda a utilização do produto. A falta dos remédios pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados.
No Brasil, uma paciente com mais de 60 anos, internada em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, melhorou após tratamento com hidroxicloroquina em combinação com um antibiótico. A informação foi dada com exclusividade à CNN pelo médico Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior.
Segundo a Anvisa, os pacientes que já fazem uso do medicamento poderão continuar utilizando sua receita simples para comprar o produto, durante o prazo de 30 dias. A nova categoria significa que o medicamento só poderá ser entregue mediante receita branca especial, em duas vias. Médicos que receitam hidroxicloroquina ou cloroquina já devem começar a utilizar este formato.