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    Anvisa nega atraso em insumos da Coronavac e aponta ‘inconsistências’ em pedido

    Em nota, agência diz que pedido do Instituto Butantan apresentava inconsistência e que havia fixado o prazo de 4 de novembro para análise

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou nesta sexta-feira (23) que tenha atrasado o processo de liberação de insumos para a produção da vacina Coronavac pelo Instituto Butantan.

    Na quinta-feira (22), o diretor do Instituto Butantan, Divas Covas, afirmou que a Anvisa estava retardando a autorização para a importação de matéria-prima do laboratório chinês Sinovac.

    Em nota, a Anvisa afirmou que “foram identificadas discrepâncias” no pedido e que essas questões foram comunicadas ao Instituto Butantan.

    “Informamos ainda que, no mesmo processo dos insumos, encontra-se o pedido de autorização excepcional para importação de vacina na forma de seringa preenchida e na forma de um produto intermediário (…) É importante esclarecer que são produtos em condições sanitárias diferentes”, disse a agência.

    A nota diz ainda que a Anvisa colocou o pedido de importação das vacinas já envasadas do Instituto Butantan sob análise por meio de uma ferramenta eletrônica, sem necessidade de uma reunião presencial, para “tornar mais rápido os processos relacionados com todas as vacinas passíveis de registro”.

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    “Para não haver perda de tempo, o processo foi desmembrado e as vacinas envasadas terão sua análise feita no prazo máximo de até cinco dias úteis, separadamente da análise do pedido de insumos, pela ferramenta já descrita”, diz a agência, ressaltando que, originalmente, o processo seria analisado no dia 4 de novembro, para que houvesse tempo para esclarecimento das discrepâncias.

    “Assim sendo, não há nenhum tipo de retardo/atraso/morosidade por parte da Anvisa.” 

    Entenda o caso

    Na quinta, Divas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou que a Anvisa estava atrasando a autorização para a importação de matéria-prima da Coronavac, vinda do laboratório chinês Sinovac.

    Covas disse ter enviado um pedido no dia 23 de setembro e afirmou que, na quinta, soube que o assunto só seria tratado em 11 de novembro. 

    O Butantan planeja receber ainda em outubro 6 milhões de doses prontas e fabricar mais 40 milhões de doses até dezembro.

    Nesta sexta, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, ele voltou a falar da questão. “Tivemos um certo delay, atraso, em relação à autorização da Anvisa, mas ontem [quinta] houve uma sinalização de que em 5 dias úteis ela emitirá o certificado para que a gente possa fazer essa importação”, declarou.

    “Com isso, iniciamos a produção da vacina, de fato, das 40 milhões de doses iniciais, que deverão estar prontas dentro deste cronograma original.”

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