Anvisa diz ainda não ter recebido dados de eficácia da vacina da Pfizer
Segundo a agência, apenas as candidatas de Oxford e do Butantan entregaram os dados pré-clínicos no processo de submissão contínua
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) comunicou nesta segunda-feira (9) ainda não ter recebido os dados de segurança e eficácia da possível vacina contra Covid-19 da Pfizer.
Mais cedo, a farmacêutica anunciou que o imunizante em desenvolvimento obteve 90% de eficácia nos voluntários.
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“Apesar das notícias promissoras divulgadas por laboratórios farmacêuticos em busca de uma imunização eficiente contra a Covid-19, não existe, até o momento, dados submetidos à Anvisa para a avaliação da eficácia e segurança destes produtos”, disse a agência em nota.
“Não é possível antecipar posições sobre a eficácia e segurança das vacinas antes que as pesquisas sejam concluídas e os dados analisados”, continua.
De acordo com o órgão, das quatro vacinas contra a doença em desenvolvimento no país, só as de Oxford e a do Butantan entregaram os dados pré-clínicos na submissão contínua da Anvisa. Esse é um processo novo, diz a entidade, que permite que os laboratórios entreguem dados preliminares para análise enquanto continuam as fases de pesquisa.
A Anvisa disse ainda que não há pedidos de registro ou outras solicitações de pesquisa no Brasil, até o momento.
O país participa de testes clínicos para quatro potenciais imunizantes: o de Oxford, desenvolvido em conjunto com a Astrazeneca e a Fiocruz; a Coronavac, da Sinovac com o Instituto Butantan; essa da Pfizer em conjunto com a BioNTech; e a da Johnson & Johnson’s.
Nesta tarde, um porta-voz da Pfizer no Brasil disse que o governo brasileiro está em negociação com a empresa para adquirir doses da vacina. Ela seria incluída no Programa Nacional de Imunizações.
(*Com informações de Natália André, da CNN em Brasília)