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    Anvisa deve acelerar prazo de análise da AstraZeneca

    Governo brasileiro já conta com essa redução para acelerar o início do processo de vacinação

    Caio Junqueirada CNN



     

    A Anvisa deve encurtar o prazo de análise da vacina Astrazeneca, de Oxford, cujo registro emergencial foi autorizado nesta quarta-feira pelo Reino Unido.

    O prazo previsto em lei é de que a autorização no Brasil ocorra em até dez dias corridos a partir da data de registro, mas a agência já considera encurtar para até dois dias essa análise. O motivo alegado é o de que tanto a Astrazeneca quanto a Pfizer já estão com a documentação na agência atualizada, o que facilita o processo de análise. 

    O governo brasileiro já conta com essa redução para acelerar o início do processo de vacinação.

    Após o anúncio de que a AstraZeneca obteve o registro na Inglaterra, o governo brasileiro refez as contas para iniciar a sua vacinação. O prazo oficial considerado é a partir do dia 20 de janeiro, mas há quem defenda antecipar isso em alguns dias.

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    O cronograma segue a seguinte lógica: 

    1) Anvisa autoriza o uso emergencial da AstraZeneca; 

    2) A AstraZeneca informa quantas doses já há disponíveis para o Brasil. Há 100 milhões garantidas por contrato, mas é preciso ver quantas dessas estarão disponíveis de imediato. O governo avalia que com 5 milhões de doses na mão já em meados de janeiro consegue vacinar o grupo de risco (profissionais de saúde, idosos e pacientes com comorbidade);

    3) Um avião da FAB vai buscar as vacinas na Índia. Os mais otimistas do governo consideram isso pode ocorrer até mesmo na semana que vem;

    4) As vacinas chegam ao Brasil entre três e cinco dias após a partida do avião;

    5) As vacinas são distribuídas pelo país, o que demora, segundo o governo, entre cinco e sete dias.

    Pelas conversas ocorridas até agora entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a ideia é que o “Dia D” da vacinação ocorra simultaneamente em todo o país, sem um local ou uma figura específica para “inaugurar” a vacinação. Algo como ocorre nos processos de vacinação nacionais que já ocorrem no país.

    Tanto que o nome da campanha publicitária que será feita é “Brasil imunizado somos todos uma só nação”. A campanha, disputada por quatro agências, será finalizada na próxima semana e deverá ser lançada na sequência. A ideia é que cada uma das cinco regiões do país tenha uma campanha específica com características específicas e apresentadas por personalidades locais. 

    Com o registro da AstraZeneca no Reino Unido, ela passou a Pfizer e voltou a ser a principal aposta do governo brasileiro para finalmente iniciar a vacinação contra o coronavírus no Brasil. No mundo, 47 países já começaram a vacinar.

    A despeito disso, o governo ainda manterá as negociações com as outras farmacêuticas, mesmo porque sem elas toda a população não conseguirá ser vacinada.

    O que diz a Anvisa

    Em nota enviada à CNN, a Anvisa afirma trabalhar para agilizar as análises de todas as vacinas contra a Covid-19.

    “Com referencia a apuração do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, gostaríamos de esclarecer que todos os fluxos de trabalho para análise de estudos de vacinas foram revistos pela agência com o objetivo de agilizar a aprovação de uma vacina no país.

    A Anvisa não está acelerando nenhum processo específico de vacina. Trabalhamos para agilizar as análises de todas as vacinas para que possamos garantir segurança, eficácia e qualidade de todos os imunizantes que estiverem disponíveis para a população, no melhor e menor tempo possível.”

     

     

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