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    Veja como está o status de cada vacina contra Covid em análise no Brasil

    Agência reguladora anunciou registro definitivo para vacina de Oxford, já em aplicação no país, e primeiro remédio aprovado para combater a doença

    Anna Satie, da CNN em São Paulo

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apresentou nesta sexta-feira (12) uma série de avanços para o combate à Covid-19 no Brasil. Entre eles, está o registro definitivo da vacina de Oxford/AstraZeneca e a aprovação do primeiro medicamento com recomendação em bula para tratar a doença. A agência também detalhou em que estágio está cada vacina que pode ser aprovada no Brasil

    Profissional da saúde prepara vacina AstraZeneca-Oxford para aplicação
    Profissional da saúde prepara vacina AstraZeneca-Oxford para aplicação
    Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters (5.mar.2021)

    Veja abaixo todos os anúncios feitos pela agência:

    1) Registro da vacina de Oxford

    A Anvisa concedeu o registro definitivo do imunizante, que já havia recebido a autorização para uso emergencial em janeiro deste ano. 

    A principal diferença é que com o registro, o imunizante pode ser aplicado em grupos além dos prioritários pré-estabelecidos e pode ser vendido para distribuição na rede privada.

    2) Primeiro remédio para tratar Covid-19

    O remdesivir, da farmacêutica norte-americana Gilead, é o primeiro remédio no país que terá recomendação em bula para tratar Covid-19. O nome comercial dele é Veklury.

    O medicamento é aplicado por via intravenosa em pacientes que estejam com pneumonia e recebendo oxigênio suplementar. Ele pode ser usado em pessoas com mais de 12 anos e que pesem mais de 40 kg.

    O fármaco foi aprovado por diversas agências internacionais no ano passado, como as dos Estados Unidos, da Europa, do Canadá, Suíça e Austrália. 

    3) Janssen e Moderna

    A Anvisa disse aguardar que a Janssen faça o pedido de uso emergencial ou registro definitivo. A empresa conduziu estudos clínicos de fase 3 no país e foi aprovada nos EUA no mês passado.

    A Moderna não entregou dados ou fez pedido de uso no Brasil, mas a agência disse não ver impeditivos para aprovação da vacina da farmacêutica, que já foi autorizada por agências internacionais que têm os mesmos critérios. 

    4) Aberta para discussão sobre Sputnik

    Gustavo Mendes disse que a agência está “aberta para discussão” sobre a autorização da vacina russa Sputnik V

    Segundo ele, as informações exigidas ainda não foram apresentadas, mas “a expectativa é que os próximos passos sejam tomados pela empresa”.

    O Ministério da Saúde autorizou nesta quinta-feira (11) a assinatura de um contrato para a aquisição de 10 milhões de doses do imunizante.

    5) Covaxin

    A Anvisa disse ainda não ter um pedido de registro ou uso emergencial da Covaxin, candidata desenvolvida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. 

    Em fevereiro, o Ministério da Saúde assinou um contrato para adquirir 20 milhões de doses da vacina.

    Gustavo Mendes disse que há discussões para conduzir a fase 3 dos estudos clínicos dela no Brasil, em conjunto com o hospital Albert Einstein, mas que não há nada fechado até o momento. Ele também afirmou que a inspeção da fábrica em que o imunizante é produzido foi concluída, mas o resultado ainda está pendente. 

    6) Outras iniciativas

    O gerente também listou outras candidatas que entraram em contato com a agência, para debater estratégias ou entregar dados preliminares. São elas:

    • Institute of Medical Biology of Chinese Academy of Medical Sciences;
    • Dasa/Covaxx;
    • Clover;
    • Syneos Health;
    • CanSino.

    Essas discussões ainda estão em estado preliminar.

    7) Vacinas brasileiras

    Mendes ainda citou três iniciativas nacionais que estão em desenvolvimento e que são apoiadas pela agência para evolução das pesquisas.

    Uma delas é da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto em conjunto com a Farmacore e a empresa norte-americana PDS, que estão em fase de testes não-clínicos. 

    As outras duas são da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que estão em desenvolvimento inicial.