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    Anvisa confirma fim da exigência de estudos na fase 3 no Brasil para vacinas

    Texto diz que laboratórios devem "preferencialmente" conduzir os testes no Brasil, mas execução não é mais obrigatória para aprovação emergencial

    da CNN, em São Paulo



     

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) atualizou nesta quarta-fiera (3) o guia com os requisitos para aprovação emergencial das vacinas contra Covid-19.

    O âncora da CNN Kenzô Machida já havia adiantado a informação

    Com a mudança, não é mais obrigatório que as desenvolvedoras estejam com testes clínicos na fase 3 em execução no país para receberem a liberação.

     

    Frascos da vacina Coronavac no Instituto Butantan
    Frascos da vacina Coronavac no Instituto Butantan
    Foto: Amanda Perobelli/Reuters (22.jan.2021)

    Antes, o texto dizia que a vacina “deve possuir um Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) anuído pela Anvisa e o ensaio clínico fase 3, pelo menos, em andamento e em condução no Brasil”. Agora, a agência acrescentou um “preferencialmente”, o que retira a obrigatoriedade. 

    A alteração facilita o caminho para as vacina russa Sputnik V e a indiana Covaxin

    Em entrevista coletiva, o gerente-geral de Medicamentos da agência, Gustavo Mendes, disse que os dados dos testes conduzidos em outros países poderão ser aproveitados, mas que as empresas deverão oferecer garantias adicionais. 

    São elas:

    • o acompanhamento dos participantes dos testes por pelo menos um ano (o período não precisa estar completo, mas tem de haver o compromisso);
    • a garantia de acesso aos dados gerados em sua totalidade;
    • a demonstração que os estudos pré-clínicos e clínicos foram conduzidos conforme as diretrizes aceitas nacional e internacionalmente;
    • o compromisso de pedir um registro definitivo após os testes.

    Além disso, para vacinas sem estudo desenvolvido no Brasil, o prazo de análise é de 30 dias. Para os imunizantes testados em território nacional, o parecer leva até 10 dias.  

    “Nossa função é garantir que quando a pessoa sai da sua casa, vai para o posto de vacinação e oferece o seu braço para injetar um líquido, nós, como agência reguladora, devemos garantir que esse líquido é uma vacina, não tem impurezas, é segura, é eficaz e tem qualidade. Essa segurança é o nosso objetivo”, ressaltou Mendes.