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    Anvisa autoriza testes de soro anti-Covid desenvolvido pelo Butantan

    Com a autorização, esta será a primeira vez que o soro do Butantan poderá ser testado em humanos; até então, a terapia havia sido testada apenas em animais

    Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (25) o início dos testes em humanos do soro anti-SARS-CoV-2, desenvolvido pelo Instituto Butantan. 

    Com isso, o Butantan já pode começar a aplicação do soro em voluntários da pesquisa. Esta será a primeira vez que o soro será aplicado em humanos. Avaliações iniciais revelaram que a terapia pode diminuir a gravidade dos casos da doença.

    Em março, a Anvisa já havia dado a anuência para a pesquisa, mas mediante a assinatura de um termo de compromisso que previa a entrega de informações complementares que ainda não estavam disponíveis naquele momento.

    A autorização da agência acontece após o Butantan submeter o novo protocolo clínico com as adequações necessárias exigidas pela Anvisa para que o estudo possa ser iniciado em humanos. Até o momento, o soro foi testado somente em animais.

    Em nota, o Instituto Butantan afirmou que, caso os testes em humanos apresentem eficácia “o soro poderá ser usado para tratar pacientes infectados com sintomas, visando bloquear o avanço da doença.”

    Segundo o Butantan, três mil frascos do soro estão prontos para o teste em humanos e deverão começar nas próximas semanas.

    “A equipe de pesquisadores do Butantan fez, ainda na fase pré-clínica, um teste de desafio, realizado em parceria com a USP, com ratos infectados pelo vírus vivo. Com o uso do soro, foi identificada diminuição da carga viral, além de perfil inflamatório reduzido, e os animais também apresentaram preservação da estrutura pulmonar”, diz a nota.

    Instituto Butantan
    Sede do Instituto Butantan
    Foto: CNN Brasil

    Ainda em março, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), havia cobrado celeridade da Anvisa. Os testes em animais apresentaram bons resultados, mas ainda dependiam do aval da agência.

    O soro funciona de forma parecida com o usado para tratar picadas de serpentes peçonhentas. Na fase de testes em animais, o vírus inativado por um processo de radiação é inoculado em cavalos, que produzem anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG).

    O plasma do sangue dos animais, então, é extraído, tratado e envasado, da mesma maneira que é feito na produção dos outros soros do Butantan.

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