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    Anvisa alerta para risco de desabastecimento de suprimentos à saúde devido a bloqueios

    Agência enviou ofício a autoridades em que destaca importância de garantir fluxos contínuos e desimpedidos de insumos de saúde

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou, nesta quarta-feira (2), para os riscos de desabastecimento da cadeia de suprimentos de medicamentos e vacinas no país, devido aos pontos de interdição provocados por manifestantes.

    Ao menos 15 estados brasileiros ainda possuem manifestações ativas em rodovias contra a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quarta-feira (2), segundo levantamento feito pela CNN.

    Nesta quarta-feira, a Anvisa enviou um ofício aos ministérios da Saúde, Justiça e Casa Civil, além do Ministério Público Federal (MPF), Supremo Tribunal Federal (STF), Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), alertando para a importância de garantir fluxos contínuos e desimpedidos de insumos de saúde.

    “Já preocupa o risco de desabastecimento, passível de gerar impactos na cadeia de suprimentos de saúde, caso não se efetive um pronto reestabelecimento do transporte correlato ao tema. É mister assegurar o ir e vir de pessoas e cargas, como fator sustentador de uma oferta constante e fluida de produtos e serviços de saúde, num cenário sanitário, ainda com incertezas”, diz trecho do documento.

    Manifestações atrasam carga do Butantan

    Na terça-feira (1º), caminhões contendo 520 mil ovos usados para produção de vacinas contra a gripe pelo Instituto Butantan chegaram ao destino com mais de oito horas de atraso em relação ao cronograma previsto.

    As cargas, que ficaram presas em uma manifestação que bloqueou a estrada próxima à cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, receberam a escolta da Polícia Militar (PM) até a entrada principal do instituto.

    De acordo com o Butantan, a liberação dos veículos só ocorreu após o instituto acionar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e pedir apoio.

    (Com informações de Carolina Figueiredo, Lucas Iotti, Marina Toledo e Giulia Alecrim)

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