Anticorpos artificiais podem estar disponíveis já em 2020, aposta empresa
“Devemos estar otimistas com essa abordagem, mas precisamos obter dados reais", explica CEO da empresa de biotecnologia Regeneron


O CEO da empresa de biotecnologia Regeneron disse à CNN que está otimista sobre um tratamento artificial de anticorpos para o novo coronavírus que pode entrar em ensaios clínicos no próximo mês — mas diz que é muito cedo para saber se isso ajudará a prevenir ou tratar a infecção.
“Devemos estar otimistas com essa abordagem, mas precisamos obter dados reais. Nesse ambiente, não há nada que possa substituir a ciência e os dados reais”, afirmou Leonard Schleifer, CEO da Regeneron.
Ao contrário das vacina, que acionam o sistema imunológico para desenvolver anticorpos, os anticorpos produzidos em laboratório são inseridos diretamente no sangue, proporcionando imunidade temporária.
“Nossa abordagem tira proveito do que se sabe sobre o sistema imunológico há mais de 100 anos”, disse Schleifer à CNN.
O corpo produz naturalmente anticorpos após ser exposto a um vírus, disse ele.
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“Nossa abordagem é gerar artificialmente esses anticorpos humanos, por assim dizer, e fornecer às pessoas esses anticorpos para impedir que sejam infectados se estiverem em maior risco ou tratá-los”, explicou Schleifer.
A empresa espera iniciar seu ensaios clínicos no próximo mês e pode ter centenas de milhares de doses disponíveis até o final do verão, de acordo com o Dr. George Yancopoulos, diretor científico da Regeneron.
Yancopoulos descreveu a terapia como um “importante intervalo” até que uma vacina esteja disponível e disse que eles seriam complementares, disse ele à ABC.
“As vacinas podem fornecer imunidade permanente a um número muito maior de pessoas”, disse ele. “É por isso que precisamos de todos esses esforços.”