ANS aponta que Brasil tem 48,4 milhões de beneficiários de planos de saúde
Boletim da agência mostra aumento de adesões e queda em internações por Covid-19
Em divulgação mensal, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou que o número de beneficiários de planos de saúde segue em crescimento e atingiu 48,4 milhões de pessoas em julho. Um aumento de 0,36% em relação ao registrado em junho. A informação foi divulgada no Boletim Covid-19, publicado pela agência, que mensura o impacto da pandemia na assistência médica, em uma prévia para o sétimo mês do ano em todo o Brasil.
O informativo é feito com base na coleta de dados de operadoras que representam 74% do universo de beneficiários de planos de saúde. O documento aponta também para uma redução de leitos destinados exclusivamente para atendimento à Covid-19 nos hospitais. Uma queda de 26% em relação a junho, e de 49%, se comparada com março e abril, quando ocorreu o pico da oferta. A queda coincide com o avanço da campanha de vacinação ocorrida no país.
Em relação aos leitos de terapia intensiva, a queda na ocupação foi de 15 pontos percentuais: passou de 76% para 61%. Nos leitos comuns, foi de 14%: passou de 64% para 51%. O documento aponta ainda uma redução na realização de exames de RT-PCR, considerado padrão ouro para detecção da Covid-19. Ela ocorre desde março, quando atingiu o pico, com quase 923 mil testes.
O documento mostra ainda redução de procura da rede de saúde por problemas alheios à Covid-19. “Houve queda da quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações em relação ao mês anterior, que continua abaixo do observado antes do início da pandemia. Quanto à procura por exames e terapias eletivas, observa-se que a emissão de autorizações para procedimentos em julho de 2021 ficou próxima ao patamar verificado em julho de 2019”, diz o boletim.
A agência regulatória destaca ainda que houve aumento de 3,5% no número de reclamações de consumidores nos canais de atendimento, em relação ao mês anterior. Quando comparados ao mesmo período de 2020, a taxa sobe para 11,9%. Segundo a ANS, 42% das queixas eram sobre exames ou tratamento para a Covid-19. No entanto, o órgão federal ressalta que mais de 90% dos casos foram solucionados através de mediação.