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    Annita, Remdesivir e o que dizem os médicos sobre remédios para a Covid-19

    Pesquisadores explicam estudos de medicamentos que possam auxiliar no tratamento da infecção pelo coronavírus

    Da CNN

     

    Apesar de alguns resultados promissores, os pesquisadores seguem com estudos de medicamentos que possam auxiliar no tratamento da infecção pelo novo coronavírus.

    A infectologista Raquel Muarrek destacou, em entrevista à CNN, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não reconhece nenhuma droga efetivamente comprovada no combate à Covid-19 e, por isso, deve-se evitar tomar remédios sem prescrição médica.

    “O tratamento específico [contra o coronavírus] seria o mais ideal e ainda não conseguimos. Os antivirais disponíveis no mercado precisam ser indicados por um médico. Se você intervir espontaneamente na sua casa, pode aumentar o nível de carga viral, ou seja, terá uma replicação maior do vírus no corpo”, disse.

    A especialista ainda desaconselhou o uso de medicamentos de forma preventiva para a Covid-19, mas ressaltou que, se houver uma deficiência de vitaminas, por exemplo, pode-se usar suplementos que ajudem a fortalecer o sistema imunológico.

    O mesmo vale para pacientes diabéticos e hipertensos, que devem estar em dia com o tratamento para a doença crônica, evitando assim um possível caso grave por coronavírus.

    “Nosso organismo vive em constante ação anti-inflamatória. Precisamos nos previnir para que tenhámos transportadores imunológicos adequados. Isso siginifca ter o controle de diabates, de hipertensão ou obesidade, se tiver.”

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    Annita

    Edmilson Migowski, infectologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estuda há mais de 10 anos o medicamento nitazoxanida, conhecida popularmente como Annita. Na semana passada, o governo federal apresentou resultados positivos sobre o uso da droga no tratamento precoce de pacientes leves da Covid-19.

    Migowski reforçou os resultados promissores da Annita contra a Covid-19, desde que seja aplicada ao surgimento dos primeiros sintomas.

    “Temos o cuidado muito grande de iniciar o medicamento nos primeiros três dias [de sintomas] e fazer o tratamento por no minímo seis dias. Com nossa experiência, temos mais de 1 mil pacientes tratados e nenhum óbito. Estou muito entusiasmado com os resultados.” 

    Remdesivir

    André Kalil é professor e pesquisador da Universidade de Medicina do Nebraska e conduz estudos com o remdesivir. À CNN, ele disse que o ensaio apresentado pela OMS sobre o medicamente teve falhas de condutas.

    “Esse estudo não é comparável ao nosso do Instituto Nacional de Saúde Americana, é diferente. O estudo da OMS não padronizou a administração do remdesivir no período adequado. Por exemplo, se der o medicamento para uma pessoa que está há dois dias infectada tem um efeito diferente do que em uma pessoa que está há duas semanas infectada”, explicou.

    (Edição: Marcio Tumen Pinheiro)

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