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    Análise de estudos sobre ivermectina indica eficácia potencial contra Covid-19

    Pesquisadores que lideraram a pesquisa não recomendam o uso do medicamento até que mais estudos sejam realizados

    Da CNN, em São Paulo

    Partícula do novo coronavírus
    Partícula do novo coronavírus
    Foto: Geralt/Pixabay 

    Uma revisão de onze pesquisas sobre a eficácia da ivermectina, realizada pela Universidade de Liverpool, mostrou que o vermífugo foi associado a uma redução dos níveis de inflamação e a uma eliminação do coronavírus, além de redução da mortalidade e do tempo de internação.

    O estudo de Liverpool é o que os cientistas chamam de meta-análise – uma revisão de estudos sobre o assunto, não um estudo original.

    O autor, doutor Andrew Hill, diz que nenhum dos estudos analisados é individualmente robusto o suficiente para que se estabeleça um nível de eficácia. Mas, combinados, eles podem indicar se o medicamento é eficaz.

    De qualquer forma, o estudo não recomenda a aprovação do uso da ivermectina até que mais estudos sejam realizados.

    “Muitos ensaios incluídos [no estudo] ainda não foram publicados ou passaram por revisão científica e meta-análises são sujeitas a confusão. Além disso, há uma grande variação nos padrões entre os ensaios, diferenças entre doses de ivermectina e a duração dos tratamentos foi heterogênea. A ivermectina deve ser validada em estudos maiores randomizados antes que os resultados sejam suficientes para revisão pelas autoridades reguladoras”, diz o estudo.

    Os resultados da análise mostram uma redução do tempo até a eliminação do vírus, redução do tempo de hospitalização, uma taxa de recuperação clínica 43% superior e taxas de sobrevivência 83% maiores. 

    Os estudos analisados foram realizados nos seguintes países: Espanha, Argentina, Egito, Irã, Índia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão, Turquia, Argentina, Iraque.

    A ivermectina é um vermífugo usado para promover a eliminação pelo corpo de vários parasitas. É um medicamente aprovado para o tratamento oncocercose, elefantíase, pediculose, ascaridíase e escabiose. 

    Um estudo australiano publicado em abril de 2020 descreve o efeito da ivermectina no SARS-Cov-2 em ambiente de laboratório. A análise foi realizada in vitro.

    De acordo com a agência regulatória norte-americana, o FDA, esse tipo de estudo laboratorial é comumente usado em um estágio inicial de desenvolvimento de medicamentos.

    A agência adverte que testes adicionais são necessários para determinar se a ivermectina pode ser apropriada para prevenir ou tratar a Covid-19.

    Por isso, a agência, que é referência global na análise de medicamentos, não recomenda a utilização da ivermectina para esta finalidade.

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