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    Sem oxigênio, Amazonas pede para transferir 60 bebês prematuros a outros estados

    Crianças correm o risco de ficar sem oxigênio; Manaus vive crise de fornecimento de oxigênio e pacientes estão morrendo asfixiados

    Renata Agostinida CNN

    O Amazonas avisou aos outros estados que precisa transferir pelo menos 60 bebês prematuros. Eles estão internados em Manaus e também correm o risco de ficar sem oxigênio. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu acolher os bebês e fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

    O pedido para que governadores chequem se há leitos de internação neonatal disponíveis foi feito na manhã desta sexta-feira (15). 

    O presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário de saúde do Maranhão, Carlos Lula confirmou a informação à CNN.

    Segundo ele, o Maranhão vai conseguir receber de cinco a dez bebês. A logística para viabilizar a transferência ainda não foi definida. Outros estados ainda verificam quantos prematuros conseguiriam receber.

    Manaus sem oxigênio

    Desde ontem, a cidade de Manaus está sem oxigênio hospitalar em virtude do aumento da demanda provocado pela explosão de casos de Covid-19. O consumo do gás pelo menos triplicou nos últimos dias e nas últimas 24 horas, a cidade usou o estoque disponível para dez dias. 

    Diante do caos, o estado começou a transferir pacientes de casos moderados de Covid para outros estados, entre eles o Maranhão, o Piauí e o Distrito Federal. Os primeiros tanques de oxigênio transportados pela FAB começaram a chegar à capital amazonense nesta manhã. 

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (15) em suas redes sociais que “todos os meios foram disponibilizados” para atender a população do Amazonas. Já o vice-presidente Hamilton Mourão disse que não era possível prever a crise por causa da nova variante do coronavírus descoberta em Manaus.

    No fim do ano, o governador do Amazonas, Wilson Lima, tentou decretar lockdown na cidade, mas voltou atrás depois de protestos. Alguns parlamentares bolsonaristas comemoraram a desistência em redes sociais. 

    Reação de profissional da saúde em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus
    Reação de profissional da saúde em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus
    Foto: Bruno Kelly/Reuters (14.jan.2021)

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