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    Alerta sobre varíola dos macacos servirá para ações em conjunto, diz membro da OMS

    À CNN Rádio, a virologista Clarissa Damaso, que integra o Comitê de Emergência da OMS, destacou que a doença apresenta um padrão diferente de disseminação e de manifestação clínica

    Amanda Garciada CNN

    A declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública global serve de “alerta internacional”, mesmo que a letalidade da doença não seja tão acentuada quanto à da varíola tradicional.

    Esta é a percepção da virologista e membro do Comitê de Emergência da OMS, Clarissa Damaso, em entrevista à CNN Rádio.

    “Agora, com o comunicado, o mundo passa a ter ação coordenada, já que houve compromisso de países-membros de seguir as orientações da OMS e atuar em conjunto, agora todo mundo fala a mesma língua e isso é benéfico”, defendeu.

    A especialista lembrou que a varíola dos macacos existe no continente africano desde a década de 50, com o primeiro caso em humanos registrado em 1970, mas que, desta vez, há “um comportamento extraordinário” do surto atual.

    “Os sinais estavam aí, havia aumento de casos importados, de pessoas viajavam para países africanos, mas nunca tivemos continuidade dos surtos.”

    Clarissa destaca que a comunidade científica busca entender se houve “adaptação do vírus ao homem ou se esta é uma característica da transmissão do momento, o esforço agora é para evitar que se espalhe mais.”

    Em termos de sintomas, a virologista conta que há casos que fogem ao “padrão clássico”, que geralmente começa com sintomas de gripe, como mal-estar e febre, que podem desenvolver diretamente para lesões nas regiões genital e oral, sem febre prévia, por exemplo.

    Segundo o Ministério da Saúde, são 696 infectados no Brasil com a varíola dos macacos.

    *Com produção de Isabel Campos.

     

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