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    Além dos casos de dengue, teremos alta de Zika e chikungunya, alerta virologista

    Em entrevista à CNN Rádio, Gúbio Soares afirmou que, entre os motivos, estão o “abandono dos métodos de controle” do Aedes aegypti em meio à Covid-19

    Mosquito da espécie Aedes aegypti, transmissora da dengue, da zika e da chikungunya
    Mosquito da espécie Aedes aegypti, transmissora da dengue, da zika e da chikungunya Foto: Estadão Conteúdo

    Amanda GarciaProduzido por Bel Camposda CNN

    A alta de 85,6% entre janeiro e o início de abril nos casos de dengue em comparação ao ano passado se dá devido à pandemia de Covid-19, de acordo com o virologista da UFBA, Gúbio Soares.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que “os governos direcionaram todo o seu pessoal para trabalhar contra esse vírus, vacinação, toda a campanha, treinamento das pessoas e os demais vírus ficaram em segundo plano.”

    Além disso, segundo Gúbio, a população também se voltou para a Covid e “foram abandonados todos os métodos de controle dos mosquitos, vieram as chuvas intensas do Brasil, em Minas Gerais e Rio de Janeiro e o calor, com muita água e muita chuva, os ovos depositados começaram a eclodir e aumentou a quantidade de mosquitos Aedes aegypti”.

    O mosquito é o responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e Zika.

    “Sem o controle da população e da Vigilância Sanitária, eles se proliferaram, e vieram as infecções por dengue e virá também por chikungunya e Zika”, alertou.

    Para reverter o quadro, o virologista reforça que deverá haver incentivo para as campanhas de controle de água parada, para que as pessoas cubram seus tanques de água.

    “Precisamos voltar as campanhas de rádio e TV orientando as pessoas para controlar essas águas porque o mosquito está voltando com tudo, são dois anos sem campanha e controles ficaram muito parados. Os mosquitos voltaram a se multiplicar intensamente”, disse.