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    Alarmes de hospitais estão relacionados à morte de pacientes; entenda

    Estudo relacionou barulhos de bips com casos de fadiga do alarme em funcionários de hospitais

    Anna Shvets/Pexels/Banco de imagens

    Da CNN*

    Funcionários de hospitais podem ouvir até 1.000 bips de alarmes por turno, de acordo com um estudo realizado na Universidade de Chicago. A quantidade de “apitos” podem provoca uma sobrecarga sensorial nos profissionais da saúde capaz de gerar prejuízos à saúde e até morte de pacientes.

    O elevado número de alarmes falsos pode levar à “fadiga do alarme”, uma dessensibilização causada pela sobrecarga sensorial que pode levar os funcionários a não ouvirem os alarmes.

    A FDA (Food and Drug Administration) relatou mais de 500 mortes relacionadas a esse tipo de fadiga em cinco anos.

    Segundo o estudo,  a Joint Commission, líder mundial em certificação de organizações de saúde, reconhecendo o significado clínico da fadiga dos alarmes, tornou a gestão de alarmes clínicos uma Meta Nacional de Segurança do Paciente.

    Pesquisadores responsáveis por outro estudo, publicado na revista Perioperative Care and Operating Room Management, têm examinado como os timbres podem permitir que sons mais suaves chamem a atenção dos profissionais da saúde.

    Eles descobriram que sons com timbre “percussivo”, contendo rajadas curtas de energia de alta frequência (como o tilintar de taças de vinho) se destacam, mesmo em volume baixo.

    Por outro lado, tons altos e “planos”, sem componentes de alta frequência (por exemplo, o zumbido do bipe de ré de um caminhão) se perdem.

    A importância dos alarmes clínicos para os cuidados de saúde levou à introdução de padrões globais para garantir a consistência entre os fabricantes.

    Consequentemente, muitos alarmes agora soam iguais em termos de timbre, frequência e som.

    Simples substituição

    Os pesquisadores experimentaram diferentes sons musicais para ver como os alarmes hospitalares poderiam ser melhorados.

    Além disso, o estudo descobriu que apenas 15% de todos os alarmes no ambiente da unidade de cuidados intensivos são clinicamente relevantes.

    Os pesquisadores avaliaram em 44 participantes para um experimento de reconhecimento de melodia. Segundo o estudo, numa fase de aprendizagem, os participantes aprenderam melodias curtas de alarme executadas com um timbre musical complexo baseado num xilofone ou seguindo as especificações de um padrão de alarme universal.

    Os resultados mostraram que os participantes recordaram melodias de alarme do xilofone com precisão comparável ao timbre padrão, mas acharam o timbre musical substancialmente menos irritante.

    Assim, os pesquisadores concluíram que as “descobertas revelam que os alarmes musicais são comparativamente reconhecíveis, mas significativamente menos irritantes do que os sinais de alarme comuns em ambientes médicos. Esses resultados fornecem um primeiro passo promissor para melhorar o atendimento ao paciente por meio do design de alarmes musicalmente informados.”

    *Publicado por Pedro Jordão, da CNN em São Paulo