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    Adolescente com condição rara volta a enxergar após tratamento com colírio inovador

    Antonio Vento Carvajal, de 14 anos, nasceu com epidermólise bolhosa distrófica - doença caracterizada pela formação de bolhas ou vesículas que surgem espontaneamente pelo corpo

    Da CNN

    O adolescente cubano Antonio Vento Carvajal, de 14 anos, diagnosticado com Epidermólise Bolhosa (EB), voltou a enxergar após passar por tratamento com colírio desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Miami, nos EUA, de acordo com a agência Associated Press (AP).

    Antonio nasceu com epidermólise bolhosa distrófica – doença caracterizada pela formação de bolhas ou vesículas que surgem espontaneamente pelo corpo. A condição do jovem é causada por mutações em um gene que ajuda a produzir uma proteína chamada colágeno 7, que mantém unidas a pele e as córneas.

    O tratamento ao qual Antonio foi submetido, chamado Vyjuvek, usa um vírus da herpes inativado para fornecer cópias funcionais desse gene. O colírio utilizado para fazer o adolescente voltar a enxergar foi adaptado a partir um gel experimental de terapia genética que Antonio utilizava para tratar as bolhas pelo corpo.

    Depois de dois anos de testes em camundongos, a equipe de pesquisadores recebeu autorização do órgão regulador de saúde norte-americano – Food and Drug Administration (FDA) – para aplicar o medicamento. Em agosto passado, Antonio passou por uma cirurgia no olho direito, e então começou a receber o colírio.

    O adolescente apresentou melhora significativa a cada mês que se passava, conforme explicou o Dr. Alfonso Sabater, médico responsável pelo tratamento de Antonio. Em exame recente, a visão no olho direito do jovem foi estimada em 20/25, “uma visão muito boa”, destacou Sabater.

    Neste ano, o médico voltou seus esforços para tratar o olho esquerdo do jovem, que ainda tinha cicatrizes. Sabater também aponta melhora constante no olho esquerdo de Antonio, com acuidade visual medida em 20/50.

    Para a Dra. Aimee Payne, professora de dermatologia da Universidade da Pensilvânia, que não faz parte da pesquisa com o colírio, a perspectiva de tratar mais condições dessa maneira é “animadora”.

    A abordagem “oferece terapia genética que realmente aborda a causa raiz do problema”, disse ela à AP.

    (Publicado por Lucas Schroeder)

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