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    Ações contra a dengue têm de ser tomadas agora, alerta infectologista

    À CNN Rádio, Kléber Luz afirmou que o pico da doença acontece nos meses de fevereiro, março e abril e lamentou que 2022 já teve 900 mortes

    Amanda Garciada CNN

    De janeiro a outubro, o número de mortes por dengue no Brasil aumento 400% em comparação com o mesmo período do ano passado.

    “Esse ano de 2022, tivemos mais de 1,4 milhão de casos, com quase 900 mortes, é muita coisa”, disse o consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Kléber Luz.

    Em entrevista à CNN Rádio, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte explicou que os casos de dengue seguem um ciclo e aumentam a cada 3 ou quatro anos.

    As razões, segundo ele, “dependem de condições climáticas e do índice de infestação do mosquito.”

    “Quando se aproxima o mês de dezembro, aumenta temperatura, e os casos aumentam, com pico em fevereiro, março e abril; as ações têm de ser tomadas agora”, alertou.

    Na avaliação do professor, o combate ao Aedes aegypti depende de “ação conjunta”, que envolve campanhas educativas, uso de larvicidas, fumacê e colaboração das pessoas para não permitir criadouros.

    Kléber destacou que caixas d’água sem tampa ou sem cobertura que vede completamente o recipiente; vasos de planta com água acumulada; baldes e tonéis de água, além do acúmulo de lixo.

    “O mosquito prefere locais protegidos do sol e um pouco de água é suficiente, 2 ou 3 cm de água já fazem estrago”, explicou.

    O infectologista também alertou que a dengue é uma doença “traiçoeira”, já que evolui para a morte, quando o caso é grave, entre o terceiro e quarto dia de infecção.

    O momento mais importante de ir ao médico é quando, após o surgimento de dores nos músculos e articulações, a febre diminui.

    “Esta hora a doença dá um contrapé, a febre diminui, o indivíduo sente náusea, vômito e tem queda brusca da pressão arterial, que leva à morte.”

    Crianças e pessoas com comorbidades, como diabetes e pressão alta, estão entre as com maior risco de evolução para casos graves.

    *Com produção de Isabel Campos

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