1ª fase de testes da Coronavac no Brasil deve terminar nesta sexta
Os resultados oficiais serão divulgados na próxima segunda-feira (19), mas já entram oficialmente no banco de dados de acompanhamento da Anvisa
A primeira fase de testes clínicos da Coronavac no Brasil deve terminar na tarde desta sexta-feira (16) apontando pouco mais de 5% de efeitos colaterais entre quem recebeu a vacina. Essa primeira etapa do estudo teve 9 mil profissionais da saúde vacinados, sendo que 3 mil deles já receberam as duas doses da vacina.
O principal efeito colateral é a dor no braço, comum em testes com vacina. Os resultados oficiais serão divulgados na próxima segunda-feira (19), mas já entram oficialmente no banco de dados de acompanhamento da Anvisa nesta sexta, o sistema é alimentado em tempo real.
O próximo passo é ampliar em mais 3 mil pessoas o escopo da vacinação. Agora vão receber as duas doses tanto idosos quanto pessoas que já foram infectadas.
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Eficácia
Os resultados da eficácia do imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, só serão avaliados quando surgirem os primeiros 61 casos de pessoas que tomaram ou a vacina ou o placebo e depois disso desenvolveram a Covid-19.
A pesquisa está sendo acompanhada por uma empresa multinacional especializada nesse tipo de teste, que acompanha constantemente os resultados. O teste dura 12 meses ao todo e só será concluído no ano que vem.
Doses atrasadas
A primeira remessa da Coronavac, com 5 milhões de doses, que viria da China, deveria ter chegado até esta quinta-feira (15), mas acabou atrasando. O Instituto Butantan acredita que o feriado de Ano Novo Chinês possa ter impactado no cronograma. Um avião será fretado pelo governo para trazer a vacina para São Paulo.
De qualquer jeito, ainda falta a autorização e liberação da Anvisa para que a vacina possa ser usada. Até agora, todas as vacinas produzias pelo Butantan foram fornecidas exclusivamente para o Ministério da Saúde. Mas o órgão ainda não incluiu a Coronavac no Programa Nacional de Imunização. Os técnicos do instituto acham que é uma questão de tempo. Mesmo assim, o governador João Doria vai para Brasília na semana que vem tentar pressionar pela inclusão.